Quando se trata da saúde dos gatos, é importante que o tutor esteja sempre atento a possíveis alterações no organismo dos felinos. Existem vários tipos de doenças que podem acometer os bichanos, e às vezes algumas delas se confundem, como é o caso do hipotireoidismo e hipertireoidismo em gatos. Então, como identificar cada um desses quadros e qual é exatamente a diferença entre eles? Existe tratamento? Para esclarecer essas questões, o Patas da Casa entrevistou a médica veterinária Luciana Capirazzo, que é especialista em felinos no Hospital Vet Popular. Veja o que ela nos contou!
Afinal, qual a diferença entre hipotireoidismo e hipertireoidismo em gatos?
Antes de mais nada, é necessário saber que o prefixo “hiper” é utilizado para indicar excesso, enquanto que o prefixo “hipo” indica escassez, falta de alguma coisa. Tendo isso em vista, Luciana explica: “o hipertireoidismo em gatos é uma enfermidade hormonal resultante do excesso do hormônio tireoidiano [tiroxina (T4) e triiodotironina (T3)] presente na circulação por um funcionamento anormal da glândula tireóide. Já o hipotireoidismo é uma enfermidade resultante da secreção deficiente desses hormônios”.
Além do mais, a profissional ainda destaca que o hipotireoidismo em gatos é uma doença extremamente rara e geralmente não acontece de forma natural. No caso, a forma mais comum é iatrogênica, isto é, ocorre devido à complicações no tratamento de hipertireoidismo. De qualquer forma, é sempre importante ficar atento!
Hipotireoidismo em gato: como a doença pode se manifestar?
Quando o organismo felino passa a produzir uma quantidade insuficiente de hormônios da tireoide, é de se esperar que alguns sintomas possam aparecer, certo? Bom, na verdade não é bem assim. De acordo com a médica veterinária, os felinos são quase sempre assintomáticos, o que acaba dificultando um pouco a identificação de um gato com hipotireoidismo. No entanto, existem sim alguns sinais clínicos que são considerados mais comuns quando o animal está sob esta condição, que é a letargia - cansaço excessivo - e o ganho de peso. Por isso, se você observar que o seu bigodudo está ficando obeso, dormindo muito além do que deveria e parece estar sempre cansado, é bom ficar de olho.

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Hipertireoidismo em gatos: sintomas mais comuns do quadro
Já no caso de um gato com hipertireoidismo, fica um pouquinho mais fácil de identificar os sintomas presentes. Conforme Luciana revela, os sinais clínicos mais comuns são: polifagia (fome excessiva), gato com diarreia, perda de peso e hiperatividade. Ou seja, é uma situação basicamente contrária ao do hipotireoidismo em gatos. Então, caso seu gatinho esteja comendo exageradamente e, ao mesmo tempo, também está emagrecendo depressa e bastante agitado, o ideal é levá-lo no veterinário para saber como anda a saúde geral dele. Existem grandes chances dele estar com hipertireoidismo.
Como é feito o diagnóstico do hipertireoidismo e do hipotireoidismo em gatos?
Independente do quadro apresentado, o diagnóstico das duas doenças incluem basicamente os mesmos processos. “Anamnese detalhada, exame físico que incluem a palpação da glândula tireoide e exames bioquímicos, como a mensuração do T4 total”, revela Luciana. Como se trata de problemas hormonais, não adianta tentar descobrir por conta própria qual é o estado de saúde do seu amigo, pois somente um veterinário terá as ferramentas necessárias para isso. Portanto, ao perceber qualquer mudança no comportamento e peso do seu amigo de quatro patas, o ideal é levá-lo para uma consulta com um profissional.
Saiba como é o tratamento do hipertireoidismo e do hipotireoidismo em gatos
Em primeiro lugar, é importante ter em mente que são doenças diferentes e que vão exigir tratamentos diferentes. No caso de um gato com hipotireoidismo, por exemplo, Luciana conta que é possível tratar o quadro com a reposição hormonal. Já se for um gato com hipertireoidismo, as opções de tratamento são mais amplas, podendo incluir medicamentos antitireoidianos, cirurgia e terapia com iodo radioativo. O veterinário deverá analisar cada caso para indicar o procedimento mais adequado.
Redação: Juliana Melo
