Assim como acontece com os humanos, os diferentes tipos de tumor em cachorro são agressivos, têm tratamento delicado e precisam de bastante força do paciente para serem vencidos. Lidar com essa situação no seu amigo de quatro patas não é nada fácil e, justamente por isso, quanto mais informado você estiver sobre a situação, melhor vai ser para lidar com o tratamento. Para te ajudar, o Patas da Casa conversou com a veterinária e diretora do grupo Vet Popular, Caroline Mouco Moretti. Veja o que ela explicou aqui embaixo!
Patas da Casa: Quais são os tipos mais comuns de tumor em cachorro?
Caroline Mouco Moretti: Mastocitoma em cães, câncer de mama em cadelas, tumores nos testículos, fígado, baço, ovários e útero são os mais comuns, mas o câncer pode acontecer em qualquer órgão. Isso dependerá bastante da idade do animal, raça e dos fatores de riscos que ele possui.
PC: Quais são as principais causas de câncer em cachorro?
CMM: Essa é uma resposta difícil de determinar, mas o que se sabe é que o câncer deriva de mutações celulares defeituosas que geram células doentes. Essas células são responsáveis pela produção dos neoplasmas (tumores). O porquê disso acontecer pode estar ligado a predisposição genética, sexo, idade, raça e fatores de risco, como, por exemplo, acontece com animais que são fumantes passivos, que têm alimentação inadequada, que ficam muito expostos ao sol, entre outros.
PC: Existe alguma forma de prevenir o câncer em cachorro?
CMM: A prevenção ao câncer é baseada em algumas atitudes como, por exemplo, a castração de fêmeas que não vão mais reproduzir — isso evita a incidência de câncer de útero, ovários e elimina significativamente as chances de tumor de mama nas cadelas. Os machos, quando castrados, não têm câncer de testículo e ficam com menos chances de desenvolver o câncer de próstata. Os demais tipos de câncer podem ser evitados diminuindo fatores de riscos, como a exposição solar sem proteção e em horários não recomendados e a inalação de fumaça de cigarros e poluição.
As atividades físicas também auxiliam na prevenção do câncer em cachorro. Evite a obesidade do animal oferecendo apenas alimentos desenvolvidos para pets. A ração adequada e alimentação natural balanceada por um nutrólogo também auxiliam na prevenção e podem ser uma opção para os animais de raças que têm predisposição aos tumores, como Boxer, Rottweiler, Pitbull, Labrador e Poodle.





Mais Lidas

Cinomose: tem cura, o que é, quais os sintomas, quanto tempo dura... Tudo sobre a doença de cachorro!
Uma das partes mais difíceis de ter um cachorro em casa é o momento em que eles adoecem — e isso piora quando a doença é das mais sérias, como a cinomose. Causada por um vírus, se não for tratada da forma correta, a cinomose em cães pode ser fatal não apenas para o que foi infectado primeiramente, mas para todos os que estiverem em contato com ele. Para entender um pouco mais sobre o que é cinomose canina, seus sintomas, causa e o tratamento, o Patas da Casa conversou com a veterinária Kelly Andrade, do Paraná. Dê uma olhada, aqui embaixo, nas instruções da profissional!

Gato no cio: de quanto em quanto tempo acontece e quanto tempo dura?
Gatos são animais conhecidos pelas suas frequentes fugas quando estão no cio, mas você sabe por quê? Sabe a partir de qual idade a fêmea pode ter o primeiro cio? Esse período pode ser bastante estressante para o felino - e também para o dono -, pois o comportamento do animal muda bruscamente. Está preparado e já está ciente de quanto tempo dura o cio do gato? Nessa matéria vamos tirar essas e outras dúvidas sobre o assunto. Vem com a gente!

Feridas em cachorro: veja as mais comuns que atingem a pele do animal e o que pode ser
As feridas em cachorro podem ter muitas causas e é preciso avaliar a gravidade da situação. Se o seu cão surgiu algum arranhão ou machucados de leve depois de brincar muito com outros animais, o melhor é observar, mas se as feridas na pele do cachorro apareceram do nada você precisa ficar atento e buscar ajuda veterinária. Pode ser um caso de dermatite, alergia de contato ou até picada de algum parasita. O Patas da Casa preparou um guia com as feridas de cachorro mais comuns. Vamos conferir?

Doença do carrapato: sintomas, tratamento, tem cura... Tudo sobre o parasita em cachorros!
A doença do carrapato é uma das mais conhecidas entre os pais de pet e também uma das mais perigosas para os cachorros. Transmitida pelo carrapato marrom, bactérias e protozoários invadem a corrente sanguínea e os sintomas variam de acordo com o grau da doença e podem causar coloração amarela na pele e mucosas, distúrbios de coagulação, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo, sangramento nasal e, em casos mais raros, problemas neurológicos e até mesmo a morte do cachorro. Para ajudar a esclarecer dúvidas sobre a doença do carrapato, o Patas da Casa entrevistou a veterinária Paula Ciszewsi, de São Paulo. Confira abaixo!
PC: Quais são os sintomas gerais que o animal apresenta quando está com câncer?
CMM: Quanto aos sintomas, tudo vai depender de qual órgão foi atingido pelo câncer. De maneira geral podemos dizer que na maioria dos casos é possível notar a presença de nódulos, inchaço, aumento de volume na região afetada, prostração, má cicatrização, mudança na frequência, quantidade e aspecto de urina e fezes, perda de apetite. Além disso, ele também pode ter alterações comportamentais e respiratórias. Qualquer coisa que altere a rotina fisiológica e de comportamento desse paciente deve ser investigada.
PC: Tumor de cachorro estoura?
CMM: Alguns tumores podem ulcerar, sim. Isso acontece tanto com os localizados internamente quanto com os externos, já que eles são ricamente vascularizados.
PC: Como funcionam as cirurgias para retiradas de tumores? Quanto cada uma delas costuma custar?
CMM: As cirurgias são complexas e vão depender qual órgão e estruturas adjacentes foram afetados, se estão localizados internamente ou externamente, se são aderidos ou pendulares, qual será a margem de segurança e quais estruturas serão retiradas. Às vezes e não de maneira incomum, mais de uma cirurgia será necessária. O custo dependerá de todo planejamento cirúrgico, que pode englobar mais de um ato cirúrgico, internação, transfusões trans operatórias, exames como biópsias no trans operatório, eletroquimioterapia para diminuir células neoplásicas, entre outros. Por isso, é difícil estabelecer um valor generalizado para todos os tipos e planejamentos cirúrgicos, ou seja: cada caso é um caso.
PC: Quanto aos tratamentos, como cada um deles funciona?
CMM: A quimioterapia é um tratamento medicamentoso agressivo que ataca não apenas as células doentes, mas também as saudáveis, devido ao grande efeito colateral. Ainda assim é um tratamento importantíssimo e muito significativo que pode ser realizado antes e/ou depois da remoção cirúrgica do tumor. A eletroquimioterapia, por sua vez, é um tratamento menos agressivo. Nesse procedimento, o medicamento é aplicado diretamente na área afetada e a penetração e ativação no tecido doente acontece a partir de impulsos elétricos.
PC: Depois do tratamento, como é feito o acompanhamento do animal que teve câncer?
Após a alta médica do procedimento cirúrgico e também do tratamento complementar, como a quimioterapia, os check-ups e rastreamentos tumorais devem ser seguidos a risca de acordo com as recomendações do médico veterinário. Assim, o acompanhamento do paciente oncológico deverá ser feito a longo prazo.
Redação: Ariel Cristina Borges
