O focinho de cachorro é uma região repleta de curiosidades! Já parou para se perguntar como que os cães conseguem reconhecer cheiros bastante específicos e até farejar rastros que são deixados para trás? Isso acontece porque o olfato do cachorro é muito mais apurado do que o nosso e é uma das principais formas que eles têm para se relacionarem com o mundo. Todo tutor deve ter uma atenção especial no nariz de cachorro: às vezes o focinho emite alguns sinais de que algo não vai bem com a saúde do seu amigo de quatro patas. Para esclarecer algumas questões sobre essa parte do corpo canino, o Patas da Casa preparou uma matéria recheada de informações importantes: desde a anatomia do focinho do cachorro até questões de saúde ligadas a essa parte do corpo dele. Veja só!
A anatomia de um focinho de cachorro é cheia de particularidades
O formato do fuço de cachorro pode variar bastante: alguns têm essa parte do corpo mais alongada, outros têm essa região mais curta - que é o caso dos cães braquicefálicos. Esse é um aspecto que tem certa influência no faro do animal, mas de uma maneira geral o mecanismo de funcionamento para todos os cachorros é o mesmo: ao inspirar, o ar que “entra” pela fossa nasal é recebido por dois compartimentos distintos - um para a respiração e outro para sentir o cheiro. Isso quer dizer que, no geral, os cães sequer precisam se concentrar para sentir cheiros específicos, já que isso acontece de forma totalmente natural e involuntária.
Além do mais, uma grande curiosidade sobre o nariz de cachorro é que, assim como os dedos dos humanos, ele também digitais exclusivas. É isso, inclusive, que ajuda a registrar a “identidade” de cada animal. São pequenas linhas em volta do focinho de cachorro que são únicas e nenhum outro cãozinho no mundo vai ter uma igual. Poderia até mesmo ser feita uma “impressão nasal”, da mesma forma que acontece com as digitais humanas, mas isso não é recomendado porque nem todas as raças poderiam passar por esse procedimento.
Faro do cachorro: entenda como os cães têm esse sentido tão apurado
Para entender como funciona o faro dos cães, a primeira pergunta a ser respondida é: “quantas células olfativas tem um cachorro?” Acredite se quiser, mas esses animais possuem cerca de 200 milhões de células olfativas, o que significa que eles têm um olfato até 40 vezes mais apurado do que os humanos, que possuem em torno de 5 milhões de células sensoriais. É justamente isso que ajuda os cães a terem um faro tão desenvolvido, capaz de distinguir uma grande quantidade e variedade de odores, até mesmo à distância. Vale dizer também que cada cheiro sentido pelos cães é “armazenado” na sua memória, e esse é o motivo pelo qual algumas raças são tão utilizadas para trabalhos, como situações de resgate e/ou operações policiais.
Outro fator que contribui para esse olfato apurado é a separação que acontece dentro do próprio nariz, já que existe uma fossa nasal específica para a respiração e outra para o faro. Além disso, a inspiração e expiração também acontece por locais distintos: enquanto os humanos inspiram e expiram pelo mesmo orifício, os cães captam o ar pelas fossas frontais e liberam pelas laterais.
Focinho: cachorro depende do formato para um olfato mais ou menos desenvolvido
Como já foi dito, os cães podem ter diferentes formatos de focinho e em tamanhos variados também. Isso é algo que interfere diretamente na capacidade olfativa do animal: fuço de cachorro muito comprido ou muito curto acaba sendo um obstáculo na percepção dos cheiros. Os cães com focinho achatado, chamados de braquicefálicos, por exemplo, apresentam certa dificuldade para respirar e consequentemente para sentir os odores. Algumas raças com essa condição são: Shih Tzu, Pug, Bulldog Inglês e Francês. Por outro lado, também existem as raças de cachorro que geralmente têm esse sentido mais apurado, como o Labrador, Beagle, Pastor Alemão e o Basset Hound.





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Algumas situações específicas para ficar de olho no focinho de cachorro!
• Focinho de cachorro gelado
Quando a gente toca no focinho do cachorro e percebe que está gelado, até estranhamos. Afinal, como que o focinho pode estar mais frio do que o resto do corpo do animal? Mas pode ficar tranquilo: o focinho de cachorro gelado e úmido indica que o seu cãozinho está bem e super saudável. Na verdade, isso acontece porque é uma forma que o animal encontra de regular a sua temperatura corporal e, além disso, a umidade do nariz do cachorro auxilia na captação de odores no ar, uma vez que as moléculas aromáticas são transportadas pelo vento. Então, não se preocupe com o focinho de cachorro gelado! O problema mesmo é se ele ficar quente, seco ou ferido, porque nesses casos provavelmente algo não vai bem com a saúde do seu amigo.
• Focinho de cachorro quente
Tocou no nariz do cachorro e percebeu que ele está mais quente do que o normal? Esse pode ser um sinal de alerta! Se não há nenhum motivo aparente para isso ter acontecido (dias quentes podem acabar ocasionando um focinho de cachorro quente) e o seu amigo de quatro patas apresentar o sintoma por um período prolongado, a melhor alternativa é levá-lo ao veterinário. Geralmente, esse é um dos indícios de que o cãozinho está com febre e, consequentemente, seu corpo está lidando com alguma infecção. Vale a pena ficar atento se o seu amigo também está apresentando outros sinais - se ele está muito quieto ou parou de se alimentar, por exemplo.
• Focinho de cachorro seco ou descascando
Se o fuço de cachorro começou a ficar seco ou descascar do nada, também é importante ficar atento. Assim como o focinho de cachorro quente, o clima também pode influenciar nessa situação, já que se o cão for exposto ao sol por longas horas a área pode apresentar ressecamento. Se esse não for o caso, o focinho de cachorro seco (e quente) por muitos dias é um sinal de que o animal está com dificuldades para respirar. Além da descamação, outras evidências do problema são: sangramento nasal, coceira intensa na região e secreção amarela ou esverdeada no nariz do cachorro. Os motivos para essa situação podem variar, mas normalmente estão associados a baixa imunidade ou parvovirose canina. É imprescindível consultar um médico veterinário nessa situação.
• Focinho de cachorro com feridas ou inchado
Se você notou o focinho do cachorro com uma aparência diferente, vale redobrar a atenção. Feridas que não cicatrizam, lesões, embranquecimento e/ou descamação da pele são sinais típicos de um focinho de cachorro com leishmaniose. Essa é uma doença bastante séria e que apresenta sintomas variados, sendo que feridas no nariz do cachorro é uma delas. Esteja atento a esse e outros sinais clínicos da doença e procure um especialista caso haja qualquer suspeita do problema.
O inchaço, por outro lado, pode ocorrer se o animal for picado por insetos. Se esse for o caso, o auxílio do veterinário também é importante para dar início ao melhor tratamento, já que o inchaço pode acabar prejudicando a respiração do animal.
Focinho: cachorro precisa de alguns cuidados específicos com a região
Por ser uma região bastante delicada, é importante ter certo cuidado com o nariz de cachorro - principalmente na hora do banho. Para começar, o ideal é que o tutor prefira produtos hipoalergênicos, ou seja, um produto com baixo potencial de causar qualquer tipo de alergia. Além disso, recomenda-se evitar o contato direto do focinho com o sabão e a água, para não correr o risco do cãozinho inspirar os produtos por acidente.
Após o banho, não esqueça de secar o seu pet muito bem, mas sempre com atenção: o uso de secador muito próximo ao nariz do cachorro pode acabar incomodando o animal. Portanto, evite usar o acessório muito próximo ao rosto dele - o resto do corpo não sofre tanto com esse incômodo. De resto, certifique-se sempre de que o cachorro está com o focinho limpo e livre de secreções. Em caso de suspeita de qualquer problema na respiração do cachorro, não hesite em procurar um médico. O olfato é uma das partes mais importantes do corpo dos cães e precisa de cuidados.
Redação: Juliana Melo
