Saúde de cachorro

Esqueleto de cachorro: tudo sobre a anatomia do sistema esquelético canino

Publicado - 17 Fevereiro 2023 - 15h55

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

Você já imaginou como é a anatomia do cachorro? Pode não parecer, mas a pelagem macia esconde um esqueleto complexo e robusto, com muito mais ossos que os humanos! Só para você ter uma ideia, enquanto um indivíduo adulto tem 206 ossos, um cão adulto tem mais de 300 - mas não para por aí! Até a cauda desse animal tem vértebras e por isso, no caso do cachorro, esqueleto é dividido em várias partes: cabeça, pescoço, tronco, membros e cauda. Para você ficar a par dos detalhes sobre os ossos caninos, confira esse artigo que o Patas preparou para você.

Anatomia do cachorro conta com mais de trezentos ossos!

Quando o assunto é anatomia do cachorro, ossos mudam conforme a raça e o sexo do animal. Em média, os cães têm de 319 a 321 ossos e os gatos têm até 230 ossos, enquanto os esqueleto humano é constituído por 206 ossos.

Outra diferença do esqueleto do cachorro e humano está nos dentes: em comparação com a arcada dentária humana, a dentição canina é mais forte e robusta, com caninos bem desenvolvidos. Um detalhe interessante é que por serem quadrúpedes, a coluna dos cães (e também dos felinos) são uma ponte para suportar todo o seu peso, já a nossa coluna funciona como uma base de apoio para nos mantermos de pé

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Geralmente, a composição da anatomia canina é a mesma para todas as raças, mas existe uma categoria para cada tipo de focinho: uma raça braquicefálica tem focinho curto, mesocefálico é um focinho médio e dolicocefálicos são os mais longos.

As vértebras no esqueleto de cachorro tem quatro partes: cervical, torácica, lombar e caudal

As vértebras do cachorro são constituídas de ossos ímpares e irregulares, que seguem da cabeça até a cauda. Feitas para proteger diversos órgãos, principalmente a medula espinhal, elas suportam todo o peso do animal e são fundamentais para a locomoção e a sua flexibilidade.

Assim como os gatos, eles possuem sete vértebras cervicais, 13 vértebras torácicas, 7 vértebras lombares e até 20 vértebras caudais. Mas enquanto os felinos têm mais flexibilidade na coluna, os cães carregam mais firmeza. Se você tem curiosidade sobre como está dividido o esqueleto do cachorro, se liga na lista abaixo que detalha cada uma:

  • Vértebras cervicais: são conectadas na base da nuca e comportam parte da escápula que fica na região torácica. Basicamente, são a base óssea do pescoço.
  • Vértebras torácicas: com externo na parte inferior e o tórax na parte posterior, esses componentes asseguram as costelas e os órgãos do abdômen, bem como a escápula. São largos, resistentes e ligam boa parte da costela.
  • Vértebras lombares: é a parte mais forte e grossa para suportar todo o peso da coluna do cachorro (por isso, é mais suscetível a problemas ósseos). São as maiores vértebras da coluna, além de apoiarem o sacro, que é triangular com um conjunto de vértebras fundidas.
  • Vértebras caudais: é literalmente o rabo do cachorro. O número de ossos varia de acordo com a raça, podendo ser de cinco a 20 vértebras. Elas são ligadas à coluna vertebral e são fundamentais para expressar as emoções caninas, sendo uma extensão da coluna vertebral. Por isso, é extremamente perigoso puxar o rabo do cachorro ou cortar por fins estéticos - pode afetar a locomoção.

O esqueleto de cachorro é formado por uma série de divisórias para todas as vértebras.
O esqueleto de cachorro é formado por uma série de divisórias para todas as vértebras.

Esqueleto do cachorro: membros dianteiros começam na escápula

  • Escápula: suporta até 60% do peso do animal. A escápula é um osso plano que permite vários movimentos da parede torácica, sustentando os músculos da região e se articulando distalmente com o úmero.
  • Úmero: considerado o “ombro do cachorro”. Se relaciona proximalmente com a escápula e distalmente com o rádio e a ulna.
  • Rádio e ulna: esses formam o “braço” do cachorro. O rádio é posterior e a ulna inferior. Ambos são longos e se apoiam durante o movimento.
  • Carpo, metacarpo e falanges: carpo é a palma, metacarpo interliga a palma e os dedos e falanges são os dedos da pata do cachorro. Carpo e metacarpos possuem sesamóides, que permitem o movimento. As dianteiras do cachorro, assim como a do gato, tem cinco falanges, quatro longas e a quinta pequena, como um polegar. As patas do cachorro são protegidas por coxins e eles são classificados como um animal digitígrado.

Ossos do cachorro são resistentes na região pélvica

Os membros pélvicos suportam até 40% do peso do animal e são mais robustos devido à função de impulsionar a locomoção e a sustentação do corpo. É separado em: pelve, fêmur, patela, tíbia e fíbula e tarso em diante.

  • Pelve: é a região pélvica formada pelo cíngulo pélvico que conta com o ílio, ísquio e púbis. É responsável por fixar os membros inferiores e estabilizar os músculos do assoalho pélvico.
  • Fêmur: é um osso cilíndrico entre a pelve e a patela, que garante mais sustentação para o membro.
  • Patela: visto como o “joelho do cachorro”. É um curto osso sesamóide que se articula distalmente com o fêmur, conectando diversos músculos da região.
  • Tíbia e fíbula: estão juntas lateralmente. A tíbia é um osso longo e grande como o fêmur e sua função é transmitir força mecânica. Já a fíbula executa a fixação muscular.
  • Tarso, metatarso e falanges: tal qual as patas dianteira, o tarso é a palma, as falanges são os dedos e o metatarso liga um ao outro. Diferentemente das patas da frente, não possuem a quinta falange, mas carregam unhas repletas de queratina e derme na sua raiz.

Crânio canino também comporta vários ossos do cachorro

O crânio do cachorro é constituído por maxilar com mandíbula, um osso incisivo, fissuras palatinas na região do focinho, os nasais curvados para permitir a passagem de ar, maxilar em cada lateral, osso frontal, interparietal, parietal, occipital e temporal. Esse último tem uma articulação temporomandibular, responsável pelo movimento de abrir e fechar a boca. Além disso, o crânio tem um osso lacrimal para cada um dos olhos e duas bulas timpânicas que protegem a audição.

Existem duas fases para a dentição canina: uma que se desenvolve enquanto ele é filhote e outra que substitui a primeira entre o quarto e o sexto mês de vida. Os longos caninos servem para facilitar a mastigação da ração de cachorro e o resto dos dentes servem para triturar a comida.

O esqueleto de um “cachorro salsicha” é diferente?

Sempre rola muita curiosidade sobre como é o esqueleto do cachorro salsicha. Afinal, o tronco alongado e as patas curtas, características da raça, chamam bastante atenção. Porém, a anatomia dessa raça, criada por caçadores alemães e desenvolvida para caçar coelhos em tocas (por isso esse formato), é a mesma que a dos outros cães. A diferença, entretanto, está no dorso mais longo e membros dianteiros e traseiros mais curtos. No entanto, o Dachshund é propenso a diversos problemas na coluna, como displasias e o “bico de papagaio” (espondilose).

Redação: Erika Martins

Edição: Mariana Fernandes

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