Durante os meses mais quentes do ano, especialmente no verão e em períodos mais chuvosos, um inseto bastante comum passa a aparecer em grande quantidade nas cidades brasileiras: o cupim de chuva. Conhecido também por siriri, aleluia, bicho de luz e cupim voador, ele costuma surgir em verdadeiros enxames logo após pancadas de chuva, principalmente no início da noite.
Embora não represente nenhum risco para os humanos, o cupim de chuva pode se tornar um problema sério quando há cães no ambiente. Isso porque a curiosidade natural dos pets, somada à grande concentração desses insetos próximos a luzes, faz com que muitos cães tentem cheirá-los, lambê-los ou até ingeri-los, o que pode causar reações preocupantes e exigir atenção imediata. Por isso, o Patas da Casa explica melhor esse assunto a seguir para que os tutores possam proteger seus animais da melhor forma.
O que é o cupim de chuva e por que ele aparece no verão
O cupim de chuva é a forma reprodutiva do cupim, chamada de cupim alado. Ele surge em épocas de calor e de alta umidade porque essas condições favorecem o voo nupcial da espécie, também conhecido como “revoada”, que é o momento em que machos e fêmeas saem dos ninhos para se reproduzir e formar novas colônias.
Esses insetos aparecem quase sempre em grandes grupos, geralmente logo após chuvas de verão, e são fortemente atraídos por fontes de luz artificial, como lâmpadas, refletores, janelas iluminadas e postes. Por esse motivo, é comum vê-los acumulados em quintais, varandas, áreas externas e até dentro das casas.
Essa movimentação intensa chama facilmente a atenção dos cães, que podem encarar os cupins como algo para brincar, caçar ou comer, aumentando o risco de contato direto.

Mas por que os cupins de chuva são perigosos para os cães?
Apesar de não serem tóxicos por si só, os cupins de chuva podem causar problemas nos cães se eles tiverem sido expostos a venenos e outras substâncias tóxicas usadas no controle de pragas – o que não é tão incomum. Nesses casos, após a ingestão do inseto, os pets podem apresentar vômitos, salivação intensa, diarreia, tremores e até convulsões, exigindo atendimento veterinário de urgência.
Vale destacar ainda que filhotes, cães de pequeno porte e animais mais sensíveis tendem a apresentar reações mais rápidas e intensas. Portanto, é importante evitar ao máximo que os animais brinquem ou comam esses bichinhos.
Como proteger os pets dos cupins de chuva?
Durante a época de aparecimento dos cupins de chuva, os tutores podem adotar algumas medidas simples que ajudam a reduzir bastante o risco de contato do pet com esses insetos, como:
- Manter portas e janelas fechadas à noite, principalmente após chuvas
- Reduzir o uso de luzes externas ou usar lâmpadas menos atrativas para insetos
- Evitar que cães fiquem soltos em áreas externas durante períodos de revoada
- Recolher rapidamente insetos mortos do chão, já que muitos cães tentam comê-los
A atenção redobrada nos períodos de calor e chuva faz toda a diferença para manter os cães protegidos e longe dos perigos que um inseto aparentemente inofensivo pode causar. E vale lembrar ainda que, caso o cachorro tenha algum contato com o cupim de chuva, o tutor nunca deve administrar qualquer medicamento caseiro ou de uso humano. O melhor a se fazer é observar o pet e procurar um veterinário se surgir algum sintoma.