Gato

Complexo respiratório felino: saiba mais sobre o problema de saúde

Publicado - 28 Janeiro 2021 - 18h12

Atualizado - 08 Maio 2024 - 12h54

Francine Kirsch / Médica Veterinária especializada em felinos

CRMV CRMV/RS: 15.900

Formada em Medicina Veterinária pela Universidade de Caxias do Sul, com especialização em Clínica Médica de Felinos pela Equalis.

Juliana Melo / Repórter

Jornalista formada pela Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Sempre amei o universo pet e meu sonho sempre foi ter um cachorro ou gato, mas essa ainda é uma realidade um pouco distante pra mim. Me sinto um pouco Felícia perto dos bichinhos, e acho fantástico poder entender um pouco melhor o comportamento deles e ajudar tantos tutores por aí!

A oportunidade de entrar na equipe do Patas da Casa foi incrível, porque apesar de não ter um pet, sempre tive muita vontade de conhecer e compreender melhor esse universo. Hoje me sinto praticamente uma ‘expert’ em comportamento de cães e gatos e uma das maiores incentivadoras da adoção animal.

• Filme com animal preferido: “Sempre ao Seu Lado”
• Uma raça de cachorro: Dachshund
• Uma raça de gato: Maine Coon
• A curiosidade favorita sobre cachorros: A maneira como um cão se comporta depende principalmente da criação que ele recebe
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos enxergam os humanos como seus semelhantes (basicamente como se fôssemos gatos gigantes)
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar um cachorro ou gato é uma das decisões mais bonitas que alguém pode tomar, mas que precisa ser feita com muita responsabilidade
• Nome de pet favorito: Bilbo

As doenças respiratórias em gatos não devem ser ignoradas. Muitas vezes os sinais clínicos que vêm acompanhados dessas enfermidades são associados a uma simples gripe, mas será que é isso mesmo? O complexo respiratório felino é um quadro muito comum que precisa de atenção e, por isso, é fundamental ficar atento aos principais sintomas da doença para buscar ajuda profissional. Para tirar as principais dúvidas sobre o assunto, o Patas da Casa conversou com a médica veterinária Francine Kirsch, que é especializada em atendimento de felinos. Veja o que ela explicou!

Complexo respiratório felino: o que é e como ocorre a transmissão?

Segundo a especialista, o problema de saúde pode ser caracterizado como um conjunto de afecções clínicas causadas principalmente pelos vírus Herpesvírus felino e Calicivírus felino. Contudo, pode haver presença de bactérias também: “As bactérias Chlamidia felis, Mycoplasma sp. e Bordetella bronchiseptica muitas vezes estão presentes como oportunistas, agravando o quadro clínico”. Trata-se de uma doença bastante comum, representando 80% das manifestações do trato respiratório em gatos, de acordo com a médica.

A transmissão do complexo respiratório felino ocorre por meio do contato com secreções nasais, oculares e orais. “Gatinhos neonatos se contaminam pelo contato materno, não havendo transmissão transplacentária. Vale ressaltar que a manifestação principal é em filhotes de gatos, devido à imunossupressão natural e em aglomerações de felinos por causa do maior risco de transmissão entre os animais e o estresse - fatores que reativam o herpesvírus, perpetuando e mantendo o micro-organismo no ambiente”, alerta a veterinária Francine.

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Quais os principais sintomas do complexo respiratório felino?

Como já foi dito, muitos associam esse problema de saúde à uma gripe, o que acontece principalmente por causa da semelhança de alguns sintomas, como espirros, secreções nasais e oculares, tosse e prostração. Além disso, outros sinais que podem indicar o complexo respiratório felino são:

Febre

Conjuntivite

• Anorexia (gatos que não conseguem sentir o cheiro da comida não comem)

• Úlceras orais

Estomatite

• Hipersalivação

“Esses sinais clínicos podem ser brandos ou até muito graves, podendo levar o animal ao óbito, principalmente gatinhos filhotes”, revela a veterinária. Além disso, também existem algumas diferenças entre o complexo respiratório viral felino e o bacteriano. “Geralmente quando o quadro é só viral ocorrem espirros e secreções nasais e oculares serosas de cor clara. Quando as bactérias estão envolvidas, podemos observar febre, secreções mucopurulentas, ausculta pulmonar carregada e conjuntivite”.

 

Gato filhote cinza e branco deitado em cama recebendo carinho de mão humana
Complexo respiratório felino: filhotes de gato estão mais propensos a terem a doença

 

Complexo respiratório felino: tratamento é baseado nos sinais clínicos

 

Assim como qualquer outra enfermidade, o indicado é levar o animal no veterinário se suspeitar do complexo respiratório para receber o diagnóstico correto. Conforme Francine explica, na maioria das vezes o profissional consegue chegar a uma conclusão com base nas manifestações clínicas e no histórico do gato - exames específicos podem ser pedidos para confirmar as suspeitas. “O tratamento é realizado de acordo com os sinais clínicos que o paciente apresenta, sendo que os antivirais, antibióticos, mucolíticos, expectorantes e colírios são as medicações mais utilizadas”, afirma a veterinária.

Saiba como prevenir o complexo respiratório felino

Alguns métodos preventivos podem ser adotados para diminuir as chances do gato desenvolver a doença ou de manifestar sinais clínicos, em caso de animais que já foram infectados. “Após a contaminação, que pode ocorrer já no nascimento, as vacinas para gatos não impedem a infecção, mas melhoram a imunidade, diminuem os sinais clínicos e a transmissão para outros gatos, então a vacinação é essencial também nesses casos”, explica Francine. Além disso, outras dicas da veterinária são evitar aglomerações de felinos e separar os animais doentes dos saudáveis, além da higiene diária para eliminar o vírus do ambiente. “Outro cuidado importante com os gatos infectados é evitar o estresse, pois isso auxilia o gato que já tem o vírus a não manifestar a doença”, acrescenta.

Redação: Juliana Melo

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