Para gerar mais conscientização sobre as necessidades e o dia a dia de pessoas com diferentes tipos de deficiência, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o 3 de dezembro como o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. Mesmo quase 30 anos depois (a data foi criada em 1992), a discussão ainda é plausível e necessária. A busca pela independência e autonomia é sempre uma constante na vida de pessoas com deficiência e, em um dos casos, a resposta está em um amigos de quatro patas: o cão-guia. Inteligente, forte, dócil e com uma memória incrível, esse animal é treinado desde os primeiros meses de vida para ser os olhos de quem não pode enxergar. Descubra mais sobre a vida desses animais aqui embaixo!
Como funciona a criação de cães-guia?
Para trabalhar como cão-guia, a trajetória do cachorro começa antes mesmo dele nascer, ainda na escolha das raças. É bem comum encontrar animais das raças Labrador, Golden Retriever e Pastor Alemão exercendo essa função: o cão-guia precisa ser, ao mesmo tempo, inteligente, dócil e forte, características bem comuns dessas raças. Em todo caso, o que importa mesmo é a personalidade do animal. Depois que nascem, os filhotes também passam por uma triagem individual antes de serem encaminhados para o treinamento. Além das características principais, eles também precisam ser bem sociáveis, sem tendência à agressividade, com facilidade para aprender os comandos com rapidez e se manterem focados na maior parte do tempo, além de uma ótima saúde. Os filhotes que não passam podem ser aproveitados para auxiliar em diferentes programas terapêuticos ou são adotados por famílias comuns, sendo criados como cães de companhia.
No caso dos filhotes selecionados, o treinamento começa ainda nos primeiros meses de vida, quando as reações do animal a diferentes tipos de estímulos externos começam a ser treinadas. Com um ano de idade, o cachorro começa a aprender comandos vitais para o serviço, como, por exemplo, reconhecer situações que podem colocar o deficiente em perigo e, nesses casos, desobedecer. Ele desvia de objetos, aprende a sinalizar degraus, calçadas e esquinas e se adapta ao arnês, espécie de guia utilizada pelo deficiente visual para sentir os comandos do animal.

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O tutor do cão-guia também precisa de uma fase de adaptação
Quando o treinamento do animal acaba, as escolas de formação de cães-guia (geralmente, organizações sem fins lucrativos), se encarregam de fazer a combinação entre animal e dono de acordo com a personalidade de cada um deles. Depois dos pares formados, chega a fase de adaptação um com o outro: durante mais ou menos um mês, o treinador do animal faz a mediação dos encontros e ensina, também, o futuro tutor para que ele saiba como lidar e como entender as indicações do animal. O treinador, nesse caso, também atua para garantir a segurança do dono do animal.
Como é possível conseguir um cão-guia?
O cão-guia deve começar a exercer a função assim que o treinamento acaba, já que ele trabalha por um período determinado de tempo — a aposentadoria chega quando o animal começa a transição para a terceira idade, entre os seis e sete anos. Por isso, a pessoa com deficiência visual que deseja contar com a ajuda do cãozinho precisa entrar numa fila organizada pelas instituições que treinam os animais e os tutores e esperar a disponibilidade do animal. O futuro dono precisa comprovar a deficiência, ter boa saúde física e mental e conseguir sustentar o animal.
Redação: Ariel Cristina Borges
