Cuidar da alimentação do cachorro é de suma importância para manter um doguinho forte e saudável. Existem diferentes tipos de ração que podem atender as necessidades fisiológicas do animal, sempre indicadas de acordo com o porte e idade do pet. Além disso, um assunto relativamente recente é em relação ao tipo de dieta que os cães podem seguir. Como o tutor pode ter uma dieta vegetariana, isso quer dizer que ele pode transformar o cachorro em vegetariano também? Como isso funciona? Quais são os riscos e cuidados necessários com esse tipo de alimentação? Nós conversamos com a médica veterinária Bruna Saponi, que é pós graduada em nutrição de pequenos animais, para tirar essas e outras dúvidas para você a seguir!
Cachorro vegetariano: afinal, os animais podem seguir esse tipo de dieta?
Muitos tutores se sentem inseguros quando se trata de mudar a alimentação de cachorro. Então, quando alguém pensa em implementar uma dieta vegetariana na rotina desses animais, isso não é diferente. Segundo a veterinária Bruna Saponi, é até possível ter um cachorro vegetariano. Contudo, esse tipo de dieta para cães não é tão simples.
“Até tem como fazer uma dieta vegetariana com a ajuda de um nutricionista, mas teremos que suplementar os aminoácidos que deveriam estar presentes na dieta e não vão estar por conta da falta da carne. Por mais que alguns vegetais tenham proteína, os aminoácidos que a formam são os mais importantes e somente a proteína de origem natural possui um equilíbrio aminoacídico ideal”, explica a profissional.
Quais os prós e contras da alimentação para cachorro vegetariana?
Antes de mais nada, é importante ter em mente que um cachorro vegetariano só segue esse tipo de dieta se for imposta por alguém. Então, esse tipo de alimentação não oferece nada de “positivo” para o animal, de acordo com Bruna. Algumas pessoas podem até achar que, caso o cachorro tenha um histórico de alergia alimentar, as rações vegetarianas podem ser uma boa opção. Mas, conforme a veterinária explica, a alergia a uma proteína não é um problema que vem da carne em si, mas de uma alteração genética. “Quando o animal está muito em crise a gente até pode usar uma dieta somente com vegetais para aliviar, mas a longo prazo esse animal vai ter uma pelagem mais feia, com menos brilho e o pelo não vai estar tão bonito”.
Por outro lado, existem sim alguns pontos negativos quando pensamos nesse tipo de dieta, como a falta de vitaminas. “O cão não vai estar recebendo uma dieta que foi feita pra natureza dele. Ele não vai comer com a mesma satisfação que teria ao comer uma dieta carnívora e vai faltar nutrientes importantes que vão refletir no pelo e na saúde.”

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Se o tutor já faz uma dieta vegetariana para o cachorro é muito importante que haja suplemento vitamínico para o cão. Como a falta de nutrientes pode ser uma consequência desse tipo de alimentação, é muito importante que exista um acompanhamento com nutricionista, seja usando ração vegetariana ou receitas caseiras. O cachorro não pode comer de tudo, e o ideal é que a alimentação caseira seja indicada por um profissional. “Se for para fazer uma dieta vegetariana, faça com o nutricionista uma alimentação natural balanceada, porque ele vai passar todas as vitaminas que faltam para ficar tudo certinho”, explica Bruna. Ela ainda ressalta que, por serem produtos industrializados, é preciso ter um cuidado especial com rações vegetarianas. Para ter um cachorro vegetariano, o tutor precisa ter muita atenção quanto a vitamina B12, taxa de ferro e também de proteína. Rações baratinhas demais costumam ter pouco índice proteico, o que pode comprometer a qualidade de vida do animal.
Cuidados necessários para introduzir a alimentação de cachorro vegetariana
Vale destacar que todo o processo de troca de alimentação deve ser feito de forma gradual para que o cãozinho não sofra com distúrbios psicológicos, nutricionais e digestivos. “Para introduzir uma nova dieta, sempre temos que fazer uma transição, indo aos pouquinhos em porcentagens. Começa com a maior quantidade da dieta atual e um pouco da nova, e aí, gradualmente, vai trocando”, explica a especialista. “Geralmente, usamos porcentagens de 10%, 25%, 50%, 75% e 100%. Vamos fazendo essa troca de maneira gradual, para não ter nenhuma alteração gastrointestinal”, complementa. Além disso, é necessário que esses animais sejam acompanhados regularmente por um médico veterinário especializado em nutrição clínica de cães.
Redação: Juliana Melo e Maria Luísa Pimenta
