Em algum momento, você percebe que alguma coisa anda faltando na sua vida: ela anda meio vazia, sem graça, com muito espaço na casa… Depois de pensar um pouco, você decide: é hora de adotar um pet! Se você procura um bichinho independente, fofo e de personalidade forte, talvez seja o momento de pensar em escolher um gato como companheiro. Decidido isso, surge a pergunta: filhote ou adulto? Qual é o ideal? Entramos em contato com algumas ONGs protetoras de animais para sanar as suas dúvidas sobre esse assunto e fazer você bater o martelo e adotar seu novo gatinho. Vem com a gente!
Gatos filhotes: acompanhar o crescimento é o diferencial
Geralmente, os adotantes optam por gatos filhotes para levar para casa. Isso porque os tutores preferem acompanhar o crescimento dos gatinhos. A voluntária Maris Chincharo, da ONG Amor aos Animais das Comunidades, do Rio de Janeiro, fala um pouco mais sobre para a gente. “Filhotes são mais divertidos, sobretudo quando adotados juntos. Brincam o tempo todo. Com 3 meses ainda são bobões.” Entretanto, se você preza muito pela ordem na sua casa, é bom parar para pensar. Segundo Fernanda Zaphiro, voluntária na ONG Bigodinhos Carentes, também no Rio de Janeiro, também há o outro lado da moeda. “A desvantagem é que eles são extremamente bagunceiros, dão mais trabalho e demandam mais atenção”, diz. Prestar atenção ao sexo do gato é outro ponto conflitante, como lembra Maris. “O sexo do gato também é muito pequeno. Você pode adotar um filhote fêmea e depois se surpreender!”
Gatos adultos: uma grande oportunidade de acolher um animal abandonado
Com a grande procura dos filhotes, muitos adultos sofrem com o abandono nos abrigos e continuam sendo rejeitados. Por isso, adotar um gatinho adulto pode ser algo muito positivo. “Gatos adultos para adoção, em geral, já estão testados e castrados. Serão companheiros do mesmo jeito e certamente mais tranquilos.”, conta Maris. É preciso prestar atenção na personalidade do bichano. “Ele terá a história dele. Pode ser um gato estressado com algum trauma, pode ser carinhoso, pode não gostar de colo. Como já é adulto, você já adota o animal conhecendo o perfil. Às vezes um filhote lindo pode virar um adulto que se esconde ou não gosta de colo e isto deixa o humano um pouco frustado. O adulto é o que é, sem surpresas”. Para Fernanda não há pontos negativos: “dar uma chance a um animal que estava nas ruas e no abrigo por mais tempo e que já tem a personalidade formada, é então poder escolher o que melhor se adapta ao seu lar. Não vejo desvantagens, só amor!”.
Qual é o melhor: adulto ou filhote?
Adotar qualquer bichinho é sempre muito bom! Mas, como dito antes, a adoção é um processo de amor. Tudo depende da sua personalidade, do que você pode oferecer no seu lar e da disponibilidade do seu tempo. Como gatos pulam e correm grande risco nas janelas, é importante observar o remanejamento da casa. “Os bebês ainda não sobem na janela, então o adotante tem até os 3 meses para providenciar tela”, conta a voluntária do Amor aos Animais das Comunidades.
Se você não possui muito do seu tempo disponível para estar com o pet, talvez um filhote não seja a melhor opção, pois ele demanda mais cuidado e atenção. Já se você quiser realmente um pet independente, e ainda dar um lar para um bichinho abandonado, o gato adulto pode ser o ideal. “Levando em conta a situação dos abrigos, pelo menos no nosso projeto, eles têm menos chances e sempre sobram. Se a pessoa tem a disponibilidade de adotar um adulto vai ajudar muito aquele animal”, conta Fernanda, que é estudante e já adotou dois gatos. O gato adulto prevalece sendo a melhor opção se a família já tem cachorro: "aconselho gatos com mais idade por serem menos frágeis” explica Maris, que atualmente mantém 20 gatinhos em sua ONG esperando por adoções.
Adotar um bichinho é responsabilidade!
Filhote ou adulto, é sempre bom lembrar que um pet não é brinquedo e que é uma responsabilidade adotá-lo. “Dá trabalho, precisa de adaptação, gastos e um lar saudável e seguro.”, conta Fernanda. Também é preciso pensar nas providências a serem tomadas depois que o gatinho já está instalado na sua casa: “É importante salientar a castração, porque é uma questão de saúde pública e mantê-los dentro de casa”. A voluntária da Bigodinhos Carentes ainda deixa uma dica importante sobre a ração dos pets. “Uma boa alimentação é um investimento para que no futuro não haja gastos com veterinário”.
Maris também dá alguns toques importantes na hora de adotar um gato. “O olhar dele deve ser vivo e sem lacrimejar. Observar se o animal está se alimentando corretamente ou se está engordando, pois qualquer desvio pode ser sinal de doença. Vermifugar sempre que necessário e sempre vacinar com orientação do veterinário. Vacina sem teste prévio pode matar o animal”. Por fim, é sempre interessante lembrar da adoção responsável e do cuidado que se deve ter com um gatinho em casa. “ Os gatos são independentes, mas também não podemos deixá-los largados”, finaliza Fernanda.
Redação: Karoline Miranda