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10 mitos e verdades sobre a Leishmaniose canina!

Publicado - 16 Agosto 2024 - 14h35

Atualizado - 16 Agosto 2024 - 14h36

A leishmaniose canina é uma doença perigosa transmitida pela picada do mosquito-palha, sendo que o inseto precisa estar infectado com o protozoário Leishmania. A doença é classificada como uma zoonose (ou seja, seres humanos também podem contraí-la) e os cães domésticos são os principais hospedeiros. 

O quadro de leishmaniose canina exige muita atenção e pode trazer sérios problemas para a saúde do animal. Além de provocar sequelas, a doença pode ser fatal se não for tratada. Como muitas dúvidas sobre a doença circulam por aí, o Patas da Casa reuniu 10 mitos e verdades sobre a leishmaniose canina. Confira!

1. Apenas animais que vivem em regiões endêmicas pegam a leishmaniose canina

MITO! A transmissão da leishmaniose em cachorro ocorre independente da região em que o animal vive. Apesar das regiões endêmicas apresentarem mais riscos, não estar em uma região com surtos não significa que o cachorro esteja totalmente seguro. Locais com falta de saneamento básico estão mais propensos à contaminação, mas a transmissão também pode ocorrer em regiões urbanas e desenvolvidas.

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2. O cachorro transmite a leishmaniose visceral canina diretamente para os humanos

MITO! A leishmaniose não pode ser transmitida diretamente do cachorro para humanos. Lambidas, arranhões, mordidas ou qualquer outro tipo de contato com o cachorro com leishmaniose não transmitirá a doença para o humano. A contaminação ocorre somente por meio da picada do mosquito-palha infectado.

3. A leishmaniose canina não tem cura

VERDADEIRO! Infelizmente ainda não existe cura para Leishmaniose em cães. No entanto, existem tratamentos com medicações que diminuem o número de parasitas que circulam no corpo do cachorro, possibilitando que ele tenha mais qualidade de vida. Além de tratar os sintomas, o tratamento da leishmaniose impede que o cachorro se torne um transmissor da leishmaniose canina caso seja picado por um mosquito-palha.

4. A vacina não impede que o cão contraia a leishmaniose visceral canina

VERDADEIRO! Apesar da vacinação ser muito eficaz, não há 100% de garantia de que o cão não contraia a leishmaniose canina. A prevenção precisa ser alinhada com outros métodos, como limpeza do ambiente e o uso de coleiras que também tenham a ação repelente contra mosquitos. Além disso, abrigar o cão dentro de casa durante a noite também é um modo de prevenção, já que esse é o período de maior atividade do mosquito-palha.

 

Cão branco segurado por veterinária em consultório
O diagnóstico da leishmaniose canina é complexo e precisa de prova e contraprova

 

5. É difícil diagnosticar a leishmaniose visceral canina

VERDADEIRO! É muito comum que os resultados dos exames apresentam falsos positivos e falsos negativos para a doença. Por esse motivo, é necessário mais de um exame para constatar o diagnóstico da leishmaniose canina. É um processo que necessita de prova e contraprova para evitar que um cão saudável faça o tratamento indevidamente e que o cão doente fique sem tratamento. Felizmente existem variadas opções de exames para diagnosticar a leishmaniose visceral canina, dentre eles testes rápidos, exames de sangue e exames físicos. Não é possível fazer o diagnóstico sem que se faça todo esse check-up.

6. Leishmaniose canina: sintomas da doença não podem ser notados

MITO! Os sintomas de leishmaniose em cães são variados e o cachorro pode demorar a apresentá-los ou não. A Leishmaniose canina tem sinais que podem atingir qualquer cachorro, independente da raça ou idade. Machucados e feridas que não saram, lesões, embranquecimento e descamação da pele, emagrecimento rápido, crescimento anormal das unhas, atrofia muscular, alterações oculares, queda de pelos e vasculite estão entre os sintomas mais comuns. Sintomas como vômito, diarreia e dificuldade para fazer xixi também podem ocorrer, além das alterações renais, gastrointestinais e neurológicas em casos mais evoluídos.

7. Todo cão diagnosticado com leishmaniose visceral canina precisa ser sacrificado

MITO! Por muito tempo, praticamente todos os cachorros diagnosticados com leishmaniose canina eram submetidos à eutanásia. A principal recomendação era para que os cachorros com leishmaniose canina não se tornassem um reservatório de protozoários, colocando em risco a saúde humana. Hoje é possível fazer o tratamento dos cães contaminados para impedir que ele seja um transmissor da doença caso seja picado pelo mosquito-palha.

8. Não manter água parada é um meio de afastar o mosquito-palha, principal vetor da leishmaniose

MITO! O mosquito palha tem preferência por lugares com matérias orgânicas, com muitas plantas e árvores. Por isso, apenas conter focos de água parada não previne contra a doença. É necessário manter a higienização do local onde o cachorro vive. Entretanto, conter os focos de água parada ajuda na prevenção de outras doenças graves para a saúde humana e animal. Lembre-se que todas as medidas preventivas devem ser alinhadas e feitas juntas.

9. A vacinação contra a leishmaniose canina causa muitos efeitos colaterais

MITO! Alguns cães podem ser mais sensíveis à vacina de leishmaniose canina e isso é normal. Entretanto, são raras as ocorrências de reações alérgicas ou sintomáticas. No caso de algum efeito colateral mais contínuo, é importante que o animal seja avaliado pelo médico veterinário.

10. É necessário fazer um teste sorológico antes de iniciar a vacinação contra leishmaniose canina

VERDADE! Constatar que o cachorro não está com leishmaniose canina antes da vacinação é obrigatório. Por isso, todos os cães vacinados precisam apresentar resultados negativos nos exames antes de serem vacinados. A vacinação é feita em três doses em cães a partir dos quatro meses de vida. Após isso, é necessário que seja feita a revacinação anual.

Publicado originalmente em: 27/10/2020
Atualizado em: 16/08/2024

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