A chegada de um bebê à família é sempre motivo de alegria, e é natural que os pais fiquem ansiosos para apresentar o novo integrante ao pet da casa – principalmente quando se trata de um cachorro. Isso porque os cães fazem parte da rotina familiar, são companheiros fiéis e costumam ser bastante carinhosos e entusiasmados com crianças pequenas (especialmente algumas raças que são mais indicadas para essa fase da vida).
Nessas horas, muita gente se derrete ao ver o cachorro cheirando ou lambendo o bebê, mas o que parece uma simples demonstração de afeto pode gerar dúvidas e até preocupações. Afinal, será que tem problema deixar um pet em contato tão próximo com crianças pequenas? A resposta é: depende dos cuidados que os tutores têm.
É verdade que conviver com cães pode trazer diversos benefícios para os bebês e crianças. Mas também existem riscos, já que a saliva dos cães pode ser perigosa para a saúde dos pequenos. Por isso, é fundamental entender quais são os cuidados necessários com o pet antes de qualquer contato, além de supervisionar sempre a interação entre bebê e cachorro.
Benefícios do contato de cães com bebês
Colocar bebês e crianças pequenas em contato com cães pode trazer várias vantagens para o desenvolvimento dos pequenos. De acordo com especialistas, a convivência com um cachorro ajuda a reduzir estresse e ansiedade em crianças, levando ao fortalecimento emocional. Além disso, a criança aprende a respeitar os animais desde cedo, criando um maior senso de empatia e responsabilidade.
Só que os benefícios do contato entre cães e bebês não param por aí. Alguns estudos mostram que crianças pequenas que crescem com animais de estimação tendem a desenvolver menos alergias e infecções respiratórias, como rinites e asma – especialmente se conviverem com os pets no primeiro ano de vida. E tem mais: o vínculo entre cachorros e bebês pode se transformar em uma relação afetiva única, desenvolvendo um forte senso de amizade e companheirismo.

Mas tem problema o cachorro lamber um bebê?
Diante de tantos pontos positivos da convivência entre pets e crianças pequenas, pode ser irresistível deixar o cachorro lamber o bebê, já que esse gesto é interpretado muitas vezes como carinho e empolgação. Porém, isso pode, sim, ser prejudicial e a explicação é simples.
A saliva do cachorro pode conter bactérias e parasitas que, em contato com a boca, olhos ou pele sensível do bebê, podem causar uma série de problemas de saúde, como infecções gastrointestinais, verminoses, irritações e até alergias. Por isso, não é recomendado permitir que o cachorro lamba o rosto ou as mãos do bebê, especialmente nos primeiros meses de vida, quando a imunidade ainda está em formação.
Junto com esse cuidado, os tutores precisam redobrar a atenção e manter outros cuidados básicos para que cães e bebês convivam em segurança. Entre as principais recomendações estão:
- Vacinação em dia: garanta que o cachorro esteja protegido e com as vacinas atualizadas.
- Vermifugação regular: essencial para evitar a transmissão de parasitas para a criança.
- Banho e higiene: mantenha o pet sempre limpo, com pelos e unhas bem cuidados.
- Ambiente limpo: evite que brinquedos do bebê fiquem em contato com potes de ração ou água do cachorro.
- Supervisão constante: nunca deixe um bebê sozinho com o pet, mesmo que o cachorro seja dócil.
E para que tanto o pet quanto o bebê possam viver em harmonia, o primeiro contato entre eles deve ser calmo e gradual. Por isso, deixe o cão cheirar a roupinha do bebê antes da aproximação direta e quando for apresentar a criança, segure-a no colo e observe a reação do cachorro. Reforce o bom comportamento do pet com carinho ou petiscos quando ele se mostrar calmo e defina limites (o cachorro pode interagir, mas sem pulos ou lambidas no rosto da criança).
Lembre-se que cães e bebês podem ser grandes companheiros, mas a convivência precisa ser feita com segurança. Assim, todos saem ganhando: o bebê cresce cercado de amor e o cachorro conquista um novo melhor amigo!