O Lhasa Apso é conhecido pelo charme, pelo jeitinho carinhoso e por ser um verdadeiro companheiro da família. Mas, por trás de toda essa fofura, existe um detalhe que muitos tutores desconhecem: essa raça de cachorro tem predisposição a alterações importantes nos rins, que podem causar doença renal crônica de forma precoce.
O grande desafio é que, na maioria dos casos, os sinais só se tornam evidentes quando a doença já está em estágio avançado, o que dificulta o tratamento. Por isso, saber como cuidar da saúde renal do Lhasa Apso desde filhote pode fazer toda a diferença para garantir uma vida longa e saudável ao cãozinho. O Patas da Casa reuniu tudo o que você precisa saber sobre esse assunto a seguir!
O que é doença renal crônica e quais são os sintomas?
A doença renal crônica (DRC) é uma condição progressiva que afeta a capacidade dos rins de filtrar e eliminar toxinas do organismo. Diferente de quadros agudos, que surgem de forma repentina, a DRC se instala de maneira lenta e silenciosa.
Em muitos cães, inclusive no Lhasa Apso, os sintomas só aparecem quando mais de 70% da função renal já está comprometida. Isso explica por que os exames de triagem e a atenção aos sinais sutis são tão importantes para detectar a doença o quanto antes.
No caso do Lhasa Apso, os sintomas iniciais associados à doença renal costumam ser bem discretos, mas já servem de alerta. Eles incluem fezes ressecadas ou com muco; mau hálito persistente; queda de pelo fora de época; falta de apetite ou seletividade com ração; urina mais concentrada ou aumento da sede.
Ao notar qualquer um desses sinais, vale conversar com um veterinário e pedir uma investigação mais detalhada. Até porque eles podem ter relação com outros problemas de saúde. Então, é essencial buscar um especialista para avaliar o cãozinho e chegar a um diagnóstico correto.

O papel da alimentação na prevenção e tratamento da doença renal em Lhasa Apso
Embora nem sempre seja possível evitar que a doença renal se desenvolva no pet, existem uma série de cuidados que ajudam a prevenir ou controlar esse quadro nos cachorros. E a alimentação é um dos pilares mais importantes nesse processo. Isso significa escolher bem o que vai (e o que não vai) no potinho do cão!
Em primeiro lugar, de acordo com especialistas em nutrição canina, é preciso saber o que evitar na dieta do cachorro. Proteínas de baixa digestibilidade, petiscos industrializados em excesso, vísceras em grande quantidade, jejuns prolongados e dietas caseiras sem suplementação adequada são alguns exemplos.
Por outro lado, para garantir uma alimentação balanceada, capaz de proteger a saúde renal dos cães, especialmente do Lhasa Apso, é necessário:
- Priorizar proteínas de alto valor biológico e bem cozidas
- Fazer o controle precoce da ingestão de fósforo
- Apostar em alimentação úmida para favorecer a hidratação
- Oferecer fibras fermentáveis que ajudam o intestino
Além disso, alguns compostos podem oferecer suporte extra aos rins do Lhasa Apso, com ação antioxidante e anti-inflamatória. Entre eles, estão suplementos e nutracêuticos como ômega-3 (EPA/DHA), cetoanálogos, coenzima Q10 e resveratrol. Eles não substituem a dieta ou o tratamento indicados pelo veterinário, mas podem potencializar a proteção renal – e devem ser sempre usados sob orientação de um especialista.
E não podemos esquecer que, uma vez que a doença é diagnosticada, pode ser recomendado o uso de ração renal para cães. Esse tipo de alimento terapêutico por si só já é adaptado às demandas nutricionais do pet, com baixo teor de fósforo e controle da quantidade e qualidade das proteínas. Assim, evita-se que os rins fiquem sobrecarregados.
Exames e monitoramento precoce também são indispensáveis
Junto com a alimentação, os tutores também devem monitorar regularmente a saúde do cãozinho para receber um diagnóstico precoce (se for o caso). Isso significa manter o acompanhamento com um veterinário para a realização de diversos exames e análises que podem ajudar a identificar alterações renais ainda no início.
Ao cuidar da alimentação, investir em exames preventivos e seguir as orientações do especialista, seu pet poderá viver muitos anos com qualidade de vida.