Entre as doenças infecciosas que afetam os cães, a hepatite canina é de longe uma das mais perigosas. Também chamada de doença de Rubarth, ela traz consequências sérias à saúde dos cachorros, mas tem cura e também pode ser evitada com alguns cuidados básicos. Para saber mais sobre essa infecção, conversamos com a Carolina Mouco Moretti, diretora geral do hospital veterinário Vet Popular, que explicou os sintomas, consequências e variações da doença.
A hepatite em cães: doença é contagiosa, mas só atinge os caninos
A hepatite infecciosa canina é uma doença causada pelo adenovírus canino tipo 1, uma espécie de vírus que prejudica as funções hepáticas dos cãezinhos e inflama o fígado. Segundo a veterinária, ela é epidêmica entre os animais, por isso, é sempre bom ficar de olho. “Essa é uma doença altamente contagiosa, podendo ser transmitida facilmente pela saliva e mucosa nasal. Por isso, a atenção deve ser redobrada em casas onde há cachorros filhotes ou jovens, pois eles possuem uma predisposição maior de adquirir o vírus, que também pode ser transmitido por pulgas e carrapatos."
O tutor pode ficar tranquilo quanto a saúde do restante da família. “Esse tipo de vírus ataca somente cachorros, não apresentando riscos aos humanos, gatos e outros pets”, explica Carolina.
Hepatite infecciosa canina: como saber se meu cachorro está com a doença?
Observar o comportamento e corpo do cachorro deve fazer parte da rotina de todo tutor. No caso da hepatite canina, alguns sinais podem denunciar a doença, então fique atento. De acordo com Carolina, os sintomas se manifestam de forma diferente, conforme a intensidade da infecção. “Entre os sintomas nós podemos citar o aumento da temperatura, sede intensa, diarreia, apatia, vômitos, sangramento, tosse e aumento do volume dos linfonodos [glândulas linfáticas]. Em situações mais graves, a doença pode afetar o sistema nervoso, causando convulsões, desorientação e tremores.”

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Entenda os estágios da hepatite em cachorro
Assim como muitas doenças humanas, a hepatite em cachorro se apresenta em fases diferentes de evolução, podendo ser até mesmo assintomática. Conheça as três fases e saiba como identificá-las:
Subclínica: “é a mais leve, onde a própria defesa do organismo do animal combate rapidamente o vírus e o neutraliza, ao ponto do animal sequer apresentar sintomas ou manifestações leves”, explica a veterinária
Aguda: segundo Carolina, nessa fase os sintomas são mais visíveis. “Com duração de cinco a sete dias, é fundamental o acompanhamento de um médico veterinário durante esse período. O lado bom é que, após o tratamento correto, o cachorro se recupera bem e as sequelas são poucas ou até nulas.”
Hiperaguda: “é a mais agressiva de todas elas, mais comum em filhotes. Sua evolução é agressiva e o animal acaba pode morrer antes mesmo de fechar o diagnóstico”, conta.
Hepatite canina tem cura e pode ser prevenida
A hepatite infecciosa canina pode ser prevenida com a vacinação. A óctupla e a déctupla canina (V8 ou V10) garante a proteção contra a infecção. Além disso, evita doenças gravíssimas que podem afetar os caninos, como a cinomose a alguns subtipos da leptospirose.“O ideal é manter a carteirinha de vacinação do seu amigo em dia a partir dos seus 45 dias de vida”, afirma a veterinária.
Por outro lado, se você percebeu algum sintoma da doença é preciso buscar ajuda veterinária imediatamente, pois quanto mais cedo ele for diagnosticado, melhor. “O tratamento consiste no fortalecimento do fígado com a aplicação de soro e suplementação de nutrientes, uma dieta rica em fibras e combate ao excesso de proteínas, além de muita hidratação e descanso”, finaliza Carolina.
Redação: Karoline Miranda
