Cachorro

Cardiomiopatia dilatada em cães: veterinária explica como a doença se desenvolve

Publicado - 18 Novembro 2020 - 17h43

Atualizado - 05 Maio 2024 - 17h14

Foto da Caroline Manha Infantozzi - Médica Veterinária especializada em Cardiologia

Caroline Manha Infantozzi / Médica Veterinária especializada em Cardiologia

CRMV 23.340-SP

Graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Paulista – UNIP – 2007. Pós-graduação latu sensu em Cardiologia Veterinária pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (ANCLIVEPA–SP) – 2009. Monitora no curso de pós-graduação latu senso em Cardiologia Veterinária pela Associação Nacional de Clínicos Veterinários de Pequenos Animais (ANCLIVEPA–SP) – 2008 a 2012. Médica Veterinária e Cordenadora do Serviço de Cardiologia e Ecocardiografia do Dognóstic – Unidade Veterinária Especializada – desde 2008. Sócia-proprietária e Médica Veterinária do Serviço de Cardiologia e Ecocardiografia do SpecialVet – Especialidades Veterinárias – desde 2014. Médica Veterinária e Cordenadora da equipe do Serviço de Cardiologia e Ecocardiografia do Vetpopular – desde 2020. Sócia da Sociedade Brasileira de Cardiologia Veterinária - SBCV.

Foto da Juliana Melo - Repórter

Juliana Melo / Repórter

Jornalista formada pela Facha (Faculdades Integradas Hélio Alonso). Sempre amei o universo pet e meu sonho sempre foi ter um cachorro ou gato, mas essa ainda é uma realidade um pouco distante pra mim. Me sinto um pouco Felícia perto dos bichinhos, e acho fantástico poder entender um pouco melhor o comportamento deles e ajudar tantos tutores por aí!

A oportunidade de entrar na equipe do Patas da Casa foi incrível, porque apesar de não ter um pet, sempre tive muita vontade de conhecer e compreender melhor esse universo. Hoje me sinto praticamente uma ‘expert’ em comportamento de cães e gatos e uma das maiores incentivadoras da adoção animal.

• Filme com animal preferido: “Sempre ao Seu Lado”
• Uma raça de cachorro: Dachshund
• Uma raça de gato: Maine Coon
• A curiosidade favorita sobre cachorros: A maneira como um cão se comporta depende principalmente da criação que ele recebe
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos enxergam os humanos como seus semelhantes (basicamente como se fôssemos gatos gigantes)
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Comportamento animal
• Um aprendizado: Adotar um cachorro ou gato é uma das decisões mais bonitas que alguém pode tomar, mas que precisa ser feita com muita responsabilidade
• Nome de pet favorito: Bilbo

Os cachorros são companheiros incomparáveis e donos de um grande coração. Mas o tutor deve estar sempre atento a saúde deste órgão, pois esses animais também podem sofrer com alguns tipos de cardiopatia em cães. Algumas dessas doenças cardíacas são bastante comuns, como é o caso da cardiomiopatia dilatada em cães. Apesar do nome difícil, é muito importante saber tudo sobre essa doença que atinge o coração dos cachorros e, por isso, o Patas da Casa conversou com a médica veterinária Caroline Infantozzi, que é especialista em cardiologia no Hospital Vet Popular para esclarecer algumas dúvidas. Veja o que ela nos contou!

O que é cardiomiopatia dilatada em cães e quais as causas dessa doença?

De acordo com a profissional: “a cardiomiopatia dilatada em cães é uma doença do músculo cardíaco caracterizada por uma dilatação ventricular reduz progressivamente a capacidade de bombear sangue pelo ventrículo esquerdo ou por ambos ventrículos”. Ou seja, os músculos do coração tendem a ficar mais frágeis, o que pode levar a um quadro de insuficiência cardíaca.

Já as causas dessa cardiopatia em cães normalmente são desconhecidas (idiopáticas), mas, segundo a veterinária, em alguns casos podem estar relacionadas a presença de doenças endócrinas, infecciosas e/ou metabólicas, embora seja raro. O que se sabe é que a doença ocorre em cachorros grandes ou gigantes, e preferencialmente nos machos, sendo a idade de maior incidência entre quatro e seis anos. As raças mais acometidas são Doberman, Irish Wolfhound, Dogue Alemão, Boxer, São Bernardo, Afghan Hound e Old English Sheepdog.

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Para quem se pergunta se existe alguma relação entre o cachorro com sopro no coração e a cardiomiopatia dilatada em cães, a profissional explica: “Na cardiomiopatia, onde há dilatação das câmaras cardíacas, também se observa dilatação dos anéis valvares e alteração da morfologia das valvas, causando insuficiência e regurgitação sanguínea. Essa insuficiência é o que causa o sopro”.

 

Veterinária chegando coração de cachorro com coleira marrom
Cardiopatia em cães: as consultas de check-up são essenciais para cuidar do coração dos cachorros

 

Cardiopatia em cães: sintomas da cardiomiopatia dilatada para ficar atento

Se você é um daqueles tutores que não deixa nada passar batido, não vai ser muito difícil identificar os sinais da cardiomiopatia dilatada em cães. Segundo a médica veterinária, o animal pode apresentar cansaço, fraqueza, desmaios, arritmias, acúmulo de líquidos no pulmão (principalmente efusão) e também acúmulo de líquidos no abdômen. Ainda assim, vale destacar que alguns cachorros também podem ser assintomáticos, isto é, não apresentam qualquer sinal da doença. Nesse caso, como a doença não pode ser identificada a partir dos sinais, as chances do animal morrer repentinamente são bem altas.

Mas, caso algum dos sintomas sejam percebidos e haja qualquer suspeita da doença, o tutor deve levar seu amigo de quatro patas para uma consulta com o veterinário. “O diagnóstico é realizado com exames complementares que avaliam a função cardíaca, como o ecocardiograma e eletrocardiograma”, explica Caroline.

Cardiomiopatia dilatada em cães: tratamento ajuda a controlar o problema

Muitos tutores se perguntam se esse tipo de cardiopatia em cães tem cura, mas a resposta para isso é: infelizmente não. No entanto, isso não quer dizer que não é possível tratar o problema e controlar os sintomas, algo que ajuda a melhorar significativamente a qualidade de vida do cachorro doente. Conforme a médica veterinária orienta, é possível fazer isso por meio de medicações que aumentam a força de contração do coração, diuréticos ou antiarrítmicos quando necessário. “Em casos que a doença seja secundária a uma doença endócrina, infecciosas ou metabólica, é indispensável o tratamento dessas outras comorbidades”, alerta.

Consultas de check-up são fundamentais para saber como anda o coração do seu pet

A melhor maneira de proteger o seu amigo das cardiopatias é visitando o veterinário regularmente, principalmente as raças de cachorro que têm predisposição para esse tipo de problema. Embora não seja um método totalmente preventivo, fica muito mais fácil de cuidar e tratar o seu amigo de quatro patas quando a doença é descoberta logo no início. “Caso o cachorro já apresente alguma alteração, as reavaliações e acompanhamentos vão variar conforme o quadro, mas deve ser realizado com maior frequência, a cada quatro ou seis meses”, conclui Caroline.

Redação: Juliana Melo

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