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Cachorros são capazes de detectar doença de Parkinson em humanos antes mesmo do surgimento de sintomas, aponta pesquisa

Publicado - 09 Novembro 2025 - 12h54

Atualizado - 09 Novembro 2025 - 13h01

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

O olfato canino pode ser ainda mais extraordinário do que se pensa. Muito além de servir para encontrar todo tipo de objeto ou reconhecer outros animais, o faro dos cães também vem se mostrando uma ferramenta promissora para a saúde humana. Cada vez mais pesquisas mostram que esse sentido aguçado dos cachorros pode contribuir para a detecção de diversas doenças, incluindo uma condição neurológica complexa como a Doença de Parkinson.

Recentemente, um estudo britânico publicado na revista científica Journal of Parkinson’s Disease revelou que cães treinados foram capazes de identificar amostras de pessoas com Parkinson antes mesmo dos sintomas clássicos aparecerem. Esse achado, que animou a comunidade científica, abre caminho para um olhar diferente sobre o diagnóstico da doença que ainda desafia os médicos do mundo todo.

O poder do olfato canino e sua aplicação na saúde humana

Os cães têm uma capacidade olfativa muito superior à dos humanos e podem detectar moléculas voláteis emitidas pelo corpo que são imperceptíveis ao nosso nariz. No contexto da Doença de Parkinson, os pesquisadores observaram que pessoas com essa condição apresentam um aumento da secreção de sebo, resultando numa pele mais oleosa e que exala compostos diferentes.

Essa “mudança de odor” parece funcionar como uma espécie de biomarcador químico e os cães mostraram que conseguem identificá-la. Não é à toa que, em muitos casos, um cachorro cheirando muito o dono pode estar percebendo alterações sutis no organismo humano – algo que nós nem conseguimos notar!

A investigação envolveu dois cães – um Labrador chamado “Peanut” e um Golden Retriever chamado “Bumper” – que foram treinados para distinguir amostras de pele de pessoas com Parkinson das de pessoas sem a doença. Durante o estudo, os animais alcançaram sensibilidade (ou seja, proporção de amostras positivas corretamente identificadas) de 70% e 80%. Quanto à especificidade, que significa ignorar corretamente as amostras negativas, os valores foram 90% e 98%.

Cachorro cheirando a cara do dono
Estudo sugere que a doença de Parkinson muda o “cheiro” da pele e os cães conseguem detectar essa alteração

Diante dos achados, o estudo sugere que o cheiro associado à doença “precede” os sintomas motores clássicos (como tremor e rigidez), o que significa que talvez o diagnóstico possa ocorrer numa fase muito mais precoce do que é feito atualmente – e com a ajuda especial dos nossos parceiros de quatro patas!

Por que esse resultado pode fazer ajudar a Medicina?

Na Doença de Parkinson, geralmente, o diagnóstico só ocorre depois que sintomas visíveis aparecem. No entanto, os médicos e especialistas sabem que o processo neurológico já está em andamento muito antes. Portanto, a possibilidade de detectar a doença por meio de um odor ou perfil químico nas secreções da pele indica que a intervenção pode começar bem mais cedo.

Além disso, usar swabs de pele ou amostras de sebo para identificar a doença representa uma alternativa muito mais simples e menos invasiva do que exames de imagem sofisticados ou procedimentos clínicos. Isso, aliás, pode permitir rastreamentos de Parkinson em larga escala.

Embora seja muito promissor, é preciso ressaltar que o estudo tem algumas limitações. A taxa de 70-80% de sensibilidade significa que ainda há erro: nem todas as pessoas com Parkinson foram identificadas pelos cães. Outro ponto de atenção é que o número de animais e amostras usados na pesquisa é relativamente pequeno, o que exige estudos maiores.

A logística e padronização de treinar cães ou de desenvolver dispositivos que imitem o olfato canino também são tarefas complexas. E ainda não se sabe exatamente quão cedo os cães conseguem detectar a doença, ou seja, quanto “pré-sintomática” é a detecção canina. Ainda assim, o achado representa um avanço relevante nos estudos sobre o Parkinson.

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