O cachorro da raça Beagle é conhecido pela animação, muita energia e companheirismo com a família. Para falar da personalidade desse cão, nada melhor do que uma pessoa que vive diariamente com um. A Mariana Almeida é mãe do Guga, de 10 anos, e contou como é a rotina e experiência de ter um cachorro Beagle em casa. Chega mais e acompanha esse relato pessoal!
Filhote de Beagle: como o Guga chegou na minha vida?
Desde criança eu queria ter um Beagle, talvez pela influência do Snoopy ou porque de fato é uma raça encantadora. O Guga entrou na minha vida por acaso e destino. O irmão de um amigo ganhou uma Beagle da namorada, mas a mãe dele não queria ficar com ela. Depois de convencer a minha família, descobri que a cachorra já tinha sido doada. Mas eu estava determinada a finalmente ter meu cachorro dessa raça. Procurei por canis de filhote de Beagle e achei um bicolor branco e marrom com a carinha mais linda do mundo. As orelhas enormes e o focinho rosa eram apaixonantes. Uma semana depois, eu finalmente tinha meu “beagle mini” (na verdade, fui enganada pelo dono do canil: o Guga pesa 26 kg, enquanto a média é de 18 kg).
Enquanto eu contava toda animada para as pessoas que ia ter um Beagle, a reação era sempre a mesma: “eles são muito levados” ou “vai destruir todos os seus móveis”. Hoje, depois de 10 anos com o Guga, posso afirmar que eles são sim muito levados, mas com pouco potencial para destruir uma casa inteira. Talvez destruam alguns sapatos, meias, potes de comida e, com certeza, o seu coração de tanto amor.
Filhote de Beagle: personalidade e dicas!

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O Guga chegou muito novinho em casa, com apenas 31 dias. Por isso, sempre foi muito carente e odeia ficar sozinho. Depois, eu soube que esse é um dos principais erros dos pais de pet de primeira viagem: pegar o filhote com menos de 45 dias faz com que eles cresçam com esse medo do abandono. Na minha casa é muito raro não ter ninguém, mas quando ele fica sozinho por várias horas, ele chora, arranha a porta de casa e fica sem beber água ou fazer xixi. Essa é uma característica do Beagle, mas se você tem uma família grande e presente, eles são a companhia ideal.
Raça Beagle: como controlar a energia interminável?

O Guga foi um filhote muito tranquilo até mais ou menos o sexto mês, quando começou a mostrar a que veio. A energia acumulada era tanta que apenas longas caminhadas e brincadeiras intermináveis com corda eram capazes de acalmá-lo. Esse é um dos conselhos para quem tem um Beagle: eles precisam sair na rua todos os dias, senão ficam muito irritados e começam a procurar coisas pela casa para comer (e mostram para os donos o que estão fazendo para ver se conseguem o tão sonhado passeio). Repara nos Beagles andando pela rua: eles saem quase dando saltinhos mesmo depois de adultos.
Quando o Guga tinha por volta de um ano, chamamos um adestrador para tentar melhorar alguns comportamentos: controlar a gula interminável, lidar com o medo de ficar sozinho e parar de pegar nossas coisas para comer. O veredito não foi muito legal e optamos por não seguir com o profissional.
Sem a ajuda dele, o Guga aprendeu comandos e hoje brinca tranquilamente sem a guia em locais permitidos - e obedece quando quer ou quando tem comida envolvida. O Beagle pode ser muito teimoso: eles sabem todos os comandos que você ensina, sabem quando estão aprontando, mas só obedecem quando querem. O meu conselho é: adestre seu cachorro desde cedo com um profissional responsável. Por mais dóceis que sejam, cachorros da raça precisam de donos que saibam liderar.
Beagle: características da raça e como lidar com elas

A fama de guloso não é a toa. Assim como todo Beagle, o Guga faz tudo por comida. Como foi adestrado por nós sem nenhuma técnica, ele aprendeu que nossas coisas são moedas de troca. Quando quer comida, ele pega o que aparecer pela frente, de preferência coisas caras ou importantes. Cartão de banco, documento do carro, óculos, remédio e até mesmo dinheiro. Faz questão de mostrar que tem “reféns” e exige petiscos como pagamento. Ele é tão fissurado em comida que aprendeu a abrir geladeira, seja para pegar o que está dentro ou para alguém sair da mesa de jantar enquanto ele corre e rouba a sua comida.
O conselho novamente é adestrar o Beagle desde filhote. Obstáculos na porta da geladeira, esconder pão e biscoito não funcionam com esses estrategistas gulosos. Cachorros dessa raça são conhecidos pelo alto poder de farejar e conseguem achar qualquer coisa (por isso, são muito usados como cão farejador em aeroportos, por exemplo).
Beagle: personalidade com a família, outros animais e visitas


O Guga, assim como qualquer Beagle, é um cachorro muito sociável. Visitas, principalmente de bebês e crianças, são as preferidas. Apesar de ser agitado, ele fica super dócil e aceita carinhos. Quando cansa, em vez de rosnar ou ser agressivo, ele se recolhe e vai para o seu canto. Como é uma raça muito apegada à família, a presença de desconhecidos causa desconfiança, mas em poucos segundos ele abana o rabo e faz festinha, especialmente se ganhar carinho e perceber que pode brincar.
Apesar de gostar socializar com outros animais na rua, ele é um cachorro ciumento com outros que possam “invadir” seu território ou são uma ameaça para a sua refeição. Além de comer, eles amam seus donos. Se perceber que só outro humano ou animal recebe carinho, ele faz de tudo pra chamar a sua atenção. Um olhar triste, ir para o seu cantinho preferido e fazer questão que você veja e até mesmo pular no seu colo são alguns artifícios para receber a atenção das pessoas.
Por esses e outros mil motivos, se você quer ter um Beagle, mas as pessoas desencorajam porque a raça é teimosa, não tenha medo. Planeje um adestramento positivo, seja presente e dê muito amor. Com certeza eles vão retribuir trazendo muita alegria para a sua casa.
Notas da redação: o Beagle, por ser uma raça com muita energia, precisa de passeios regulares e uma família com a energia compatível. Casas onde os humanos passam muito tempo fora não são recomendadas ter um cachorro Beagle. Eles precisam de companhia, brincar com seus donos e manter uma rotina nas refeições. O que pode ajudar na gula deles é proporcionar a ração de cachorro em três vezes ao dia. Quando ficam sozinhos, sentem fome ou ficam entediados, eles podem sim ser bem destrutivos.
Redação: Mariana Almeida
