A linhagem de um gato é determinada por um padrão de características que são minuciosamente preservadas ao longo das gerações. Isso explica porque algumas raças de gato são mais propensas a herdarem distúrbios de saúde. No processo de criação, principalmente a seletiva (ou seja, entre animais que vivem juntos), é mais fácil que genes defeituosos de um felino sejam transmitidos aos seus descendentes. As doenças congênitas podem se manifestar tanto no nascimento quanto ao longo da vida do animal - em outros casos, podem sequer se desenvolverem.

Como as doenças hereditárias se desenvolvem?

Quais raças de cachorro mais combinam com você?

Preencha todos os campos para participar.

É só preencher e começar!

Escolha uma opção abaixo

Não tenho pets
Tenho cão
Tenho gato
Tenho cão e gato
Autorizo receber comunicações e publicidade da NESTLÉ®.

De acordo com a International Cat Care, uma instituição referência em estudos sobre os felinos, é possível que o padrão de algumas raças tenha sido criado justamente a partir de um distúrbio genético. Na maioria das vezes, o gene defeituoso causa problemas sérios à saúde do animal. No entanto, não existem evidências de que uma raça é mais ou menos saudável que a outra. Por outro lado, segundo a organização, é mais comum que as raças de linhagem se reproduzam de forma endogâmica, o que aumenta consideravelmente o risco de doenças hereditárias.

Uma exceção são raças que foram criadas a partir de mutações genéticas ou características que por si só são prejudiciais à espécie. A International Cat Care cita como exemplo os gatos Manx (que naturalmente têm uma anomalia espinhal) e os tipos de Persas mais achatados. Para que você entenda melhor, listamos 4 distúrbios congênitos comuns em gatinhos de determinadas raças. Confira abaixo!

1) Gato Persa e os rins policísticos

A Doença Renal Policística (também conhecida como PKD) é um exemplo de doença genética que já se manifesta no nascimento do animal. O transtorno ocorre quando vários cistos se desenvolvem no tecido renal, causando uma condição crônica no animal. Muito comum em gatos Persas e cruzamentos derivados, apenas um gene (da mãe ou do pai) é suficiente para que ele tenha rins policísticos. Em um caso onde o filhote herda dois genes defeituosos, é capaz que ele nem sobreviva. A doença se desenvolve gradualmente e pode demorar anos para se manifestar. Ela causa insuficiência renal, mas normalmente os sintomas (apatia, muita sede, urina em excesso, perda de peso, entre outros) só aparecem na velhice do animal.


O gato Persa é uma das raças que pode herdar distúrbios genéticos
O gato Persa é uma das raças que pode herdar distúrbios genéticos

2) Gangliosidose no Korat e no gato Siamês

A Gangliosidose felina ocorre a partir de um erro na formação do metabolismo lipídico do animal. Esse sistema presente no fígado é responsável por metabolizar algumas gorduras (lipídios). A doença é mais comum no gato Siamês e no Korat. Os felinos que apresentam esse problema não têm uma enzima que exerce essa função, ocasionando no acúmulo dessas gorduras nas células espalhadas pelo corpo, principalmente as do sistema nervoso central. Os principais sinais são progressivos e neurológicos, como falta de coordenação, tremores e movimentos involuntários nos olhos.

3) Atrofia Muscular Espinhal no Maine Coon

Gatos da raça Maine Coon podem herdar um distúrbio chamado Atrofia Muscular Espinhal. A doença atinge os ossos e músculos da espinha do felino, que segue do tronco até o quadril. Os gatinhos que possuem o gene da doença apresentam os primeiros sinais nos primeiros meses de vida, que incluem tremores leves, fraqueza muscular e postura alterada. Não há registros de transtornos mentais gerados pelo distúrbio e também não há risco de vida, mas o animal pode ficar incapacitado e precisar de cuidados muito específicos.

4) Gato Sagrado da Birmânia (ou Birmanês) pode ter malformação do crânio

Pesquisas veterinárias identificaram no gato Sagrado da Birmânia, também conhecido como Birmanês, um gene alterado e recessivo que causa deformidades no crânio e na face e uma síndrome rara chamada meningoencefalocele. Normalmente, esse gene é responsável justamente pela formação craniofacial. Felinos que possuem apenas um gene “defeituoso” apresentam uma espécie de braquicefalia. Agora se ele possuir dois genes alterados, é impossível viver, já que a condição impede que o crânio se desenvolva corretamente e pode causar uma duplicação da mandíbula. Segundo a International Cat Care, essa mutação ocorreu a partir da tentativa de criar felinos com a cabeça mais redonda.

Redação: Luana Lopes