Gato

Veterinário explica os riscos de automedicar o seu animal de estimação

Publicado - 26 Fevereiro 2020 - 16h33

Atualizado - 24 Abril 2024 - 10h54

Só quem tem um bichinho de estimação sabe como é angustiante quando o seu amigão começa a dar sinais de que está sentindo dor ou com algum probleminha de saúde. Procurar na internet qual é o melhor remédio para dar para o seu cachorro ou gato nessas horas é uma reação quase automática, mas será que essa é a atitude mais correta? Se a automedicação em humanos já é um problema, não se surpreenda que automedicar o seu animal de estimação também não deve ser uma opção. Os riscos de dar remédios para cães e gatos sem as orientações de um profissional podem ser bem graves. Veja o que o médico veterinário Maycon de Barros Faria, do Rio de Janeiro, tem a dizer sobre o assunto!

Remédio humano de gripe para cachorro: será que é uma boa ideia?

Os remédios de animal e para humanos não necessariamente precisam ser distintos e em muitos casos podem ser os mesmos, segundo o veterinário. Entretanto, deve-se levar em consideração a acidez do estômago do animal, que é muito mais ácido do que dos humanos, e os medicamentos que agem diretamente nessa área precisam ter um revestimento muito mais compacto do que o que nós estamos acostumados. “O comprimido precisa desse revestimento para conseguir passar pela acidez do estômago e chegar no intestino, como nos casos de medicamentos de absorção entérica”, explica.

Como cada medicamento age de uma maneira distinta no organismo do animal, o ideal é sempre consultar um profissional veterinário antes de dar um remédio humano de gripe para cachorro, remédio humano para otite canina ou qualquer outro tipo de fármaco.

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Afinal, pode dar paracetamol para cachorro ou essa prática é perigosa?

Se por um lado há remédios humanos que não representam grandes riscos à saúde dos animais, por outro, existem medicações que são estritamente proibidas para os bichinhos. O paracetamol é um deles. De acordo com Maycon, esse é um medicamento que pode causar intoxicação no organismo de cães e envenenar os gatos, levando-os a óbito. Portanto, nunca dê paracetamol para o seu pet! Além disso, o diclofenaco e a maioria dos anti-inflamatórios utilizados por humanos são medicamentos que devem ser evitados.

Se o animal ingerir algum medicamento inapropriado, você deve levá-lo imediatamente para o veterinário e explicar o ocorrido. Além disso, Maycon também fala sobre outra medida possível: “Pode-se dar água oxigenada 10 volumes em até meia hora que o animal ingeriu o remédio para que ele vomite, o que reduz as chances de absorção daquela medicação”. Mas depois disso, não esqueça de correr para um consultório, hein?

 

Tutora oferecendo remédio para gato em seu colo
Alguns medicamentos, como o paracetamol, são extremamente tóxicos para a saúde dos gatos

 

Remédio específico para cães e gatos sem diagnóstico correto também pode trazer consequências

O mais recomendado é sempre optar por remédios prescritos e indicados para os animais, mas o seu uso indiscriminado também pode ser um problema. Ao menor sinal de doença, muitos tutores acham que o antibiótico é a melhor solução, mas esse pensamento é totalmente equivocado e ainda pode prejudicar o seu bichinho. “Esse tipo de atitude acaba deixando a bactéria mais resistente ao tratamento, sendo ainda mais difícil de solucionar o verdadeiro problema”, conta Maycon.

Quando isso acontece, o animal precisa ficar internado para que seja aplicado um antibiótico venoso. Por se tratar de um medicamento mais forte, isso pode acabar sobrecarregando o fígado e trazendo danos ao rim, tornando o tratamento mais complexo do que deveria. Portanto, o acompanhamento feito por um veterinário é indispensável para cuidar do seu pet, pois só ele poderá fazer o diagnóstico correto e indicar a melhor medicação para isso, além de determinar a frequência e dosagem correta dos remédios. 

4 motivos para não automedicar seu pet

1) Alguns medicamentos, como o paracetamol, podem fazer mal à saúde do animal;

2) Sem o diagnóstico adequado feito por um veterinário, as chances do tratamento falhar são altas;

3) Em alguns casos, os sintomas podem até desaparecer, mas isso não significa que o problema foi solucionado;

4) A dosagem e o período da medicação devem ser estabelecidos por um veterinário. Caso contrário, as bactérias tendem a ficar mais resistentes, dificultando o tratamento.

Meu cachorro está com dor, que remédio posso dar?

Ninguém gosta de ver o bichinho de estimação sofrendo, mas antes de dar qualquer remédio pra ele, é fundamental procurar um médico veterinário para descobrir o que o animal de fato tem. Só assim será possível iniciar o tratamento mais adequado, durante o tempo certo e com a dosagem correta - fatores fundamentais para eliminar de vez o problema. “É muito importante levar o animal ao veterinário para que ele investigue, faça os exames necessários e tenha o diagnóstico correto do seu cão”, orienta o médico.

Redação: Juliana Melo

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