Cachorro

Papiloma canino: desvendamos as causas, cuidados e tratamentos da verruga em cachorro

Publicado - 19 Maio 2020 - 18h07

Atualizado - 11 Abril 2024 - 14h35

O papiloma canino, também conhecido como papilomatose, é uma doença bem comum quando se trata da saúde dos cãezinhos. No entanto, poucas pessoas têm algum conhecimento, de fato, sobre esse tipo de verruga em cachorro. A doença cutânea evolui rápido e isso pode assustar os tutores despreparados. A Marisa Iannarelli Hochreiter passou por isso quando dois de seus cães foram diagnosticados com o papiloma canino: o Google e o Goo Jr. Ela nos contou como foi o processo e tratamento da doença. E, para esclarecer de uma vez por todas as características do papilomavírus canino, o Patas da Casa também entrevistou o veterinário dermatologista e alergologista Raphael Rocha, do Rio de Janeiro. Vem ver o que eles compartilharam com a gente!

Papiloma canino: o que é e como identificar essa doença?

De acordo com Raphael, o papiloma em cães é uma doença cutânea causada pelo vírus do gênero papilomavírus: “sua manifestação é pelo desenvolvimento de verrugas pelo corpo do cachorro. Elas normalmente têm um aspecto esbranquiçado, acinzentado ou são escuras”. Além disso, é comum que esse tipo de verruga em cachorro apareça na boca, focinho, genitais e na pele do animal. “O desenvolvimento da doença está diretamente ligado com a imunidade do animal”, alerta.

A Marisa conheceu o papilomavírus canino há cerca de 5 anos, quando surgiu uma verruga na língua do Google. Alguns anos mais tarde, a verruga em cachorro atingiu seu outro amigo de quatro patas, o Goo Jr, desta vez no focinho. Mas, quando isso aconteceu há poucos meses, a tutora já suspeitava que se tratava do papiloma canino. “Eu notei uma pintinha branca no nariz dele bem pequena, e logo pensei: 'será que é um papiloma?'. Em dois dias já levei ele na veterinária”.

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Outro ponto que vale ressaltar é que, em muitos casos, é uma doença de rápida evolução, mas que não costuma causar nenhum tipo de dor no cachorro. “O animal pode ter incômodo, dependendo da quantidade e local de aparecimento. Mas, normalmente, o cão não apresenta dor”, explica o veterinário Raphael.

A evolução do papiloma canino pode acontecer rapidamente

Já pensou que uma pintinha, aparentemente inofensiva, pode se transformar em uma grande verruga em cachorro? Pois foi isso que aconteceu no caso do Goo Jr. Conforme a Marisa explicou, em cerca de um mês o papilomavírus canino já tinha evoluído bastante, e algo que não passava de uma pintinha esbranquiçada, tomou uma grande proporção. “O papiloma canino foi crescendo cada dia mais e de uma maneira muito rápida. E nessa rápida evolução, eu ia toda semana na veterinária para ela olhar. Até que chegou o momento em que ela receitou medicamentos para aumentar a imunidade dele", conta.

 

Verruga em cachorro: nos primeiros dias, o Goo Jr. ficou com uma pintinha esbranquiçada na ponta do narizCom o passar do tempo, o papilomavírus canino começou a piorarPapiloma em cães: a tutora Marisa registrou todo o processo de evolução da verruga em um mêsA verruga decorrente do papiloma vírus acabou caindo sozinha do focinho do Goo Jr e tudo voltou ao normal!

 

Papiloma em cães: a verruga em cachorro é benigna ou maligna?

 

Qualquer anomalia no corpo do animal costuma preocupar bastante os tutores, mas ao notar uma verruga em cachorro, é importante ter em mente que isso não é motivo para desespero. Até mesmo porque, segundo o veterinário Raphael, essas verrugas (ou neoformações) geralmente são benignas e não vão fazer nenhum mal ao seu amigo de quatro patas. “Elas são provocadas pela infecção do vírus nas células epiteliais da pele. Esta infecção viral induz o crescimento anormal das células da pele”, explica. Ah, e vale lembrar também que o papiloma canino não tem absolutamente nada a ver com o papilomavírus humano, conhecido como HPV. Então, se o seu cãozinho estiver com alguma verruguinha que pode ser causada pelo papilomavírus canino, não precisa entrar em desespero. Basta consultar um médico veterinário, de preferência especialista em dermatologia, que ele vai dar as principais orientações a respeito do caso.

Papilomavírus: cães podem contrair a doença de outros animais?

Infelizmente, o papiloma canino é uma doença contagiosa e a principal forma de transmissão é pelo contato com cães infectados. Tanto é que, quando o Goo Jr contraiu o papilomavírus canino, uma das principais recomendações da veterinária foi o isolamento social dos outros cachorrinhos para evitar o contágio. Mesmo com esse cuidado, todos os amigos do Goo Jr também tiveram o problema, indicando que a doença provavelmente foi passada para todos os animais do círculo social do Goo Jr por algum cãozinho infectado. 

O diagnóstico e tratamento do papilomavírus canino

Ao observar qualquer tipo de verruga em cachorro, é importante procurar um veterinário para saber exatamente o que é aquilo. Segundo Raphael, o diagnóstico do papiloma canino é realizado a partir de exames cutâneos e da observação do aspecto clínico das verrugas. Já os tratamentos para esse tipo de doença podem variar. “Existem várias opções terapêuticas para papilomatose canina, desde medicações orais, tópicas e tratamentos homeopáticos até a remoção cirúrgica”, explica.

Em alguns casos pode ocorrer a regressão da doença, que varia de meses a anos. “Na papilomatose cutânea, as lesões podem permanecer por 6 a 12 semanas antes de iniciar sua regressão”, revela o dermatologista. No caso do Goo Jr, por exemplo, a verruga caiu sozinha depois de um tempo, mas não foi tão simples assim. À princípio, a medicação não resolveu e chegaram a cogitar uma remoção por cirurgia. No entanto, o animal também foi diagnosticado na mesma época com adoença do carrapato e, ao tratar esta enfermidade, foi possível restabelecer a imunidade dele. 

Como prevenir o papiloma canino?

Apesar de não ser grave, o papiloma em cães é uma enfermidade que merece atenção e que evidencia a baixa imunidade do animal. A melhor forma de prevenir o problema é garantindo que o sistema imunológico do cachorro está funcionando corretamente. “Um animal saudável, com um sistema imunológico ativo, bem alimentado, vacinado e vermifugado terá uma menor possibilidade de desenvolver a doença”, orienta Raphael. Filhotes e cachorros idosos precisam de uma atenção especial com a imunidade. Converse com um veterinário de confiança e veja a melhor forma de cuidar fortalecê-la para evitar doenças como o papilomavírus canino. 

Redação: Juliana Melo

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