Já parou para se perguntar como é a rotina de instituições que resgatam animais abandonados? É um trabalho árduo e que exige muita dedicação, carinho e, principalmente, amor para lidar com situações de maus-tratos e oferecer uma vida digna aos pets abandonados. O Patas da Casa entrou em contato com a AILA (Aliança Internacional do Animal), uma organização não governamental de São Paulo que se dedica a esta missão há quase 21 anos. O projeto nasceu de uma situação bastante inusitada: uma denúncia anônima levou Ila Franco Bick a conhecer Madú, uma elefanta de circo que sofria maus-tratos. A partir disso, surgiu a ideia de um projeto que visasse o resgate de animais em condições de abandono. Mas então, como é o dia a dia desses protetores? Quais desafios eles encontram no dia a dia?

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AILA, ong que resgata animais, já ajudou mais de 120 mil bichinhos

Fundada em 9 de setembro de 1999, a Aliança Internacional do Animal está localizada em São Paulo e tem um espaço de aproximadamente 120 mil metros de área de vegetação natural, com cinco núcleos distintos. De acordo com a fundadora da instituição Ila Franco Bick, há uma estimativa de que 120 mil animais já foram atendidos ao longo de duas décadas - entre esterilizações, resgates ou cuidados veterinários filantrópicos. Desse número, pelo menos 10 mil animais foram efetivamente resgatados.

Segundo ela, os protetores de animais são acionados, principalmente, por meio de denúncias que eles recebem, mas essa não é a única forma de resgate. “Nosso histórico de socorro aos animais em situações críticas é reconhecido, então recebemos muitas denúncias. Outra maneira de resgate muito comum é aquele em que coloca o funcionário da AILA diante de adversidades, abandonos, animais acorrentados, animais em condições de vulnerabilidade e consumido por doenças”, revela. Nesse segundo cenário, o impacto é ainda maior, já que geralmente são situações de total abandono em que os pets precisam de uma mudança drástica de vida.

Gatos e cachorros abandonados: como é a rotina de cuidados na AILA?

Ao resgatar um cachorro ou gato abandonado ou em situação de maus-tratos, a AILA se encarrega de dar todo o suporte e amparo de que o animal precisa. O primeiro passo é prestar os primeiros socorros, já que geralmente os nossos amigos de quatro patas estão muito debilitados e assustados com toda a situação. Depois disso, eles passam por um processo de assepsia, que consiste na remoção de possíveis micro-organismos, como carrapatos e vermes, causadores de doenças comuns. Em seguida, vem o banho, a alimentação, realização de exames clínicos e o uso de medicações em caso de doença. Além disso, a ONG também tem um cuidado muito especial na hora de encontrar o cantinho ideal para o pet no local: “É preciso muita observação e respeito para perceber a personalidade do animal e alojá-lo no núcleo onde se sentirá acolhido pelos outros”.

Os protetores de animais que trabalham na AILA também encontram alguns desafios no dia a dia, como manter todos os ambientes limpos e organizados para o bem-estar dos animais. Para isso, eles contam com duas coletas diárias de dejetos feitas nos cinco núcleos da instituição. “Outro desafio é manter horários de medicação de uso contínuos, controle de zoonoses, manutenção de acessórios, equipamentos e campanhas de resultados”, conta Ila.

Adoção de animais: veja uma galeria com bichinhos da AILA prontos para ganharem uma família!

 

O Cristian é um dos gatinhos atendidos pela AILA que está em busca de um lar cheio de amor!O Dustie é só amor e companheirismo: o amigo perfeito para a sua vida!Adoção animal: o Valentin até se arrumou para ver se chama a atenção de quem quer um peludinho em casaOs protetores de animais cuidaram muito bem do Biscuit e agora ele está prontinho para ter um larA Madalena não vê a hora de ter uma família para chamar de suaA Bambina está pronta para encontrar um lar amoroso!

 

Adoção animal: saiba como acontece o processo na AILA

 

Para quem se interessou no serviço da AILA, a instituição promove feiras de adoção todos os sábados no estado de São Paulo, em parceria com a Rede Petland. “Nossos tratadores interagem com os tutores para troca de informações sobre os pets, uma prévia de um questionário de triagem detalhado pelo qual os tutores preenchem e são responsáveis pelas respostas e sua veracidade. Eles assinam um Termo de Adoção com algumas regras de segurança e o compromisso de devolver somente a AILA caso a adaptação entre pet e tutor não aconteça”, explica Ila.

Infelizmente, durante a quarentena o número de animais abandonados cresceu bastante. “Para se ter uma ideia do aumento de abandonos, tivemos resgates de acaso feitos por mim enquanto me deslocava para um compromisso, nas imediações da cidade de Cotia”, lembra. Ao todo, foram oito resgates, sendo que destes, 3 eram fêmeas prenhas que tiveram 10 filhotes cada. Por isso, a ONG está um pouco mais rigorosa com as suas adoções: “Fomos incisivos e criteriosos aumentando as exigências de adoção, porque reincidir um abandono de um animal seria extrapolar uma crueldade anunciada”.

Em março de 2020, um censo realizado na própria instituição levantou dados de que haviam 503 cachorros e 124 gatos disponíveis para adoção. Todos vermifugados, vacinados e esterilizados. No entanto, como Ila destaca, a maioria do público prefere cachorros pequenos, peludos, calmos e que não sejam muito novos, mas também não sejam muito velhos. Esses filtros acabam dificultando muito o processo de adoção, e é importante ter em mente que todos os bichinhos merecem amor e um lar saudável. Por isso, quem deseja adotar um companheiro de quatro patas, precisa fazer isso de coração aberto e ciente da responsabilidade que é cuidar de uma nova vida. Você pode acompanhar o dia a dia da AILA na página deles no facebook

Redação: Juliana Melo