Cães e gatos podem contrair a Covid-19? Será que gato pega covid de humano? O coronavírus humano tem algum impacto na saúde do gato ou cachorro? O  coronavírus despertou a preocupação de toda a população mundial depois de surgir na China no fim de 2019. Logo, muitos pais e mães de pet ficaram receosos com a saúde de seus bichinhos. Mas será que gatos e cachorros correm algum tipo de perigo?

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A Associação Mundial de Veterinários de Pequenos Animais (WSAVA), uma comunidade global de veterinários, publicou em 2020 um guia com várias informações sobre a relação da COVID-19 com os animais de estimação. No entanto, novas pesquisas e estudos foram feitos ao longo dos últimos anos com o objetivo de descobrir se o gato ou cachorro pega covid. Para entender melhor sobre o assunto, reunimos tudo que se sabe até o momento abaixo.

Cães e gatos podem contrair o novo coronavírus?

A Covid-19 causa nos humanos infecções respiratórias que se manifestam principalmente com tosse seca, febre e dificuldade para respirar. Mas será que é possível que essa doença seja transmitida para animais de estimação, de forma que tanto o cachorro quanto o gato pegam covid dos seus tutores? Após dois anos de pandemia - ou seja, quando uma doença é disseminada de forma rápida e em grande escala entre vários países e continentes -, já é possível ter uma noção melhor sobre o assunto.

Um estudo conduzido pela Universidade de Utreque, nos Países Baixos, demonstrou que cachorro pega covid, e gato pega covid também. Após coletar 310 amostras de animais de estimação que moravam em residências com pelo menos um tutor positivado nos últimos 200 dias, seis gatos e sete cães testaram positivo para o exame PCR. Outro dado significativo foi que pelo menos 54 tiveram um resultado positivo no teste de anticorpos contra o coronavírus. Isso significa que mesmo quando o gato ou cachorro pega covid de humano, o organismo desses animais é capaz de eliminar a infecção e criar anticorpos. Ou seja, a doença não tem um impacto muito grande no organismo do pet.

Outra pesquisa, desta vez realizada pela Universidade de Guelph, no Canadá, também constatou que gato pega covid de humano com mais frequência se ele dorme na mesma cama que o tutor. Esses animais têm mais chances de contrair uma infecção dos donos por causa do nível de exposição e proximidade que eles compartilham durante o sono, já que os felinos costumam dormir mais próximos à região do rosto do tutor do que os cães, que se deitam principalmente perto dos pés.

É preciso evitar o contato com animais de estimação se você estiver com a COVID-19?

Sim! A recomendação é restringir o contato com qualquer animal, incluindo cães e gatos, caso você esteja com suspeita ou acometido pelo coronavírus causador da covid, da mesma forma que faria com outros humanos. Quando o cachorro ou gato pega covid não desenvolve sintomas tão graves, mas todo cuidado é pouco e é importante manter os pets em segurança.

O que fazer com seu bichinho de estimação caso você esteja com covid?

Se o seu teste para coronavírus deu positivo, a orientação é que não beije, abrace ou deixe o seu cachorro ou gato te lamber - também vale não deixá-lo dormir perto de você. O ideal é que outra pessoa possa cuidar do animal. Mas, claro, sabemos que nem sempre isso é possível. Nesse caso, a recomendação é a mesma indicada para qualquer contato: sempre lave as mãos antes de tocar no seu bichinho e cubra a boca e nariz ao tossir ou espirrar.

Vale uma atenção maior com o ambiente também, já que os animais costumam ficar deitados no chão, sofás e outras superfícies. Mantenha a limpeza da casa e de objetos - o álcool em gel pode te ajudar na tarefa de desinfetar o ambiente. O uso de máscara também pode ser útil ao interagir com o animal, mesmo que os sintomas sejam muito fracos neles. O mesmo vale se você apresentar os sintomas e a doença ainda não tiver sido confirmada.

Cães e gatos podem transmitir o novo coronavírus?

Apesar das evidências que apontam que gato e cachorro pegam covid de humano, até o momento não há nenhum indício de que esses animais possam transmitir a covid-19. Se for o caso, a taxa de transmissão é muito baixa e não pode ser avaliada do jeito que deveria. Como a pandemia do coronavírus ainda tem como principal forma de contágio o contato direto entre pessoas contaminadas, torna-se difícil detectar a transmissão de cães e gatos para humanos, embora não se possa descartar essa hipótese.

De qualquer forma, é importante evitar o contato com animais desconhecidos ou mesmo deixar que seu gatinho ou cachorro seja tocado por outras pessoas com suspeita da doença.

“Estou com Covid-19 e preciso levar o meu animal no veterinário”: o que fazer nesse caso?

Se você for diagnosticado com a Covid-19 e ninguém puder cuidar do seu cão ou gatinho, você precisa redobrar o cuidado caso o seu amigo fique doente nesse período - mesmo que ele não apresente sinais desse tipo de coronavírus. Se o atendimento não puder esperar, a clínica precisa ser informada do seu estado de saúde para se preparar. Converse por telefone com os médicos veterinários e equipe do consultório, informando a sua situação, para encontrar a forma mais segura de fazer isso.

Coronavírus canino e felino: qual a diferença em relação ao vírus que causa a Covid-19?

Para tirar a dúvida sobre a ação do coronavírus canino e felino (que não tem nenhuma relação com o vírus responsável pela Covid-19), conversamos com a médica veterinária Caroline Mouco, do Hospital Vet Popular. Ela explica que o coronavírus canino age diretamente no sistema digestório do animal, levando a uma infecção gastrointestinal aguda. A doença também recebe o nome de gastroenterite contagiosa de cães e a transmissão ocorre, principalmente, a partir da ingestão de alimentos contaminados. Os principais sintomas são diarreia, vômitos, febre, perda de apetite, anemia e desidratação. Em fases mais avançadas, a médica alerta que podem haver consequências como anorexia e prostração. Mas não se preocupe tanto: o vírus é uma das doenças que a vacina para cachorro V10 ou V8 previne. Portanto, se a cartela de vacinação do seu amigo está em dia, não há motivos para se desesperar.

A prevenção do coronavírus felino não é muito diferente: vacinação e higiene são os métodos recomendados para evitar a infecção. Nos gatos, essa variação do coronavírus pode se manifestar de duas maneiras distintas. A primeira delas ataca o sistema digestivo, similar ao coronavírus canino. Mas devido a uma capacidade de mutação, o vírus pode evoluir para uma peritonite infecciosa felina, também conhecida como PIF felina. A doença se trata de uma patologia crônica e fatal das células epiteliais digestivas. A maioria dos felinos infectados pelo vírus são resistentes e não chegam a desenvolver a PIF, mas deve-se ter um cuidado especial com filhotes e gatinhos mais idosos, já que a baixa imunidade facilita a evolução do problema.

Veja alguns links importantes sobre o novo coronavírus:

Redação: Luana Lopes e Juliana Melo

Publicada em: 18/03/2020

Atualizada em: 28/06/2022