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Gangliosidose: saiba tudo sobre como a doença se manifesta em gatos siameses e outras raças

Publicado - 09 Janeiro 2023 - 14h12

Atualizado - 27 Abril 2024 - 11h58

A gangliosidose em gatos é um problema bastante sério para a saúde felina. De origem genética, essa doença causa diversos problemas neurológicos em gatos. Algumas raças, como o gato Siamês, têm uma enorme predisposição a sofrer com essa condição tão perigosa que se manifesta de forma silenciosa e avassaladora. O Patas da Casa te explica a seguir tudo sobre a gangliosidose em gato, desde suas causas até maneiras de se obter seu diagnóstico correto. Confira!

O que é gangliosidose?

A gangliosidose é uma doença genética grave que acontece quando há o acúmulo de gangliosídeos dentro das células, especialmente as do sistema nervoso felino. Os gangliosídeos são lipídios que se concentram nas células. Algumas enzimas são responsáveis por metabolizar os lipídios. Quando o animal não possui essas enzimas, os lipídios não conseguem ser metabolizados e, consequentemente, se acumulam nas células. Assim, as células passam a ter suas funções comprometidas. A gangliosidose é justamente a doença caracterizada pelo acúmulo desses gangliosídeos principalmente nas células nervosas, resultando na perda ou interrupção de suas funções.

Conheça os dois tipos de gangliosidose

Existem dois tipos de gangliosidose em gatos de acordo com o tipo de enzima que está em falta. O primeiro tipo é a gangliosidose GM1, que acontece quando o animal não tem a enzima ácida ß galactosidase. O segundo tipo é a gangliosidose GM2, quando as enzimas hexosaminidase A e B estão em falta. Normalmente, a gangliosidose GM2 evolui mais rapidamente que a GM1.

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A gangliosidose é causada por uma falha genética

A gangliosidose é um dos problemas neurológicos em gatos de origem genética. A causa da doença está relacionada a genes defeituosos no animal. Acredita-se que a gangliosidose do tipo GM1 acontece quando há um defeito no gene GLB1. Já a gangliosidose do tipo GM2 surge quando há um defeito no gene HEXB. Vale ressaltar que o animal pode ser homozigoto (os genes possuem dois alelos iguais) ou heterozigotos (possuem dois alelos diferentes). Se o bichano for homozigoto para gangliosidose, ele será afetado pela doença. Já se ele for heterozigoto, ele será apenas um portador assintomático.

Gangliosidose é mais comum em determinadas raças

A gangliosidose pode acontecer em diferentes raças de gato. Porém, algumas são naturalmente mais predispostas a sofrer com essa condição. Os gatos Siamês, Korat e Birmanês são os principais exemplos de raças com maior tendência a desenvolver gangliosidose. Portanto, é importante ficar ainda mais atento aos sinais dessa doença em bichanos dessas raças.

gato com gangliosidose felina deitado

A gangliosidose causa problemas neurológicos em gatos afetados

As células nervosas são as mais afetadas em quadros de gangliosidose. Sintomas, portanto, estão relacionados ao sistema nervoso. Os problemas neurológicos em gatos afetados costumam aparecer entre o primeiro e o quinto mês de vida. Eles vão evoluindo de forma silenciosa e progridem com o tempo. Por isso, é comum que a doença só seja percebida quando já está no estágio mais grave de cada problema neurológico. Gato sofre bastante com os sinais clínicos e é muito importante ficar atento a detalhes sutis do seu comportamento. Em quadros de gangliosidose, sintomas mais comuns são:

  • Tremores
  • Ataxia (andar descoordenado)
  • Desequilíbio
  • Tetraparesia espástica (dificuldade de controlar movimentos)
  • Demência
  • Nistagmo (olhos se movimentam de um lado para o outro involuntariamente)
  • Aumento do fígado
  • Dismorfia facial
  • Problemas oculares
  • Convulsões

Gangliosidose: diagnóstico é alcançado por meio de testes de DNA

Ao observar qualquer problema neurológico, gato deve ser levado pelo tutor imediatamente a um médico veterinário para que ele possa investigar se é um caso de gangliosidose. Diagnóstico da doença é obtido por meio de testes de DNA. Esse teste é fundamental para determinar se o animal é portador da doença ou não. O exame é capaz de identificar os dois tipos de gangliosidose. Diagnóstico é confirmado pelo veterinário se estiver comprovada a presença da doença no resultado do teste de DNA.

Gangliosidose tem cura?

Sem dúvidas, a gangliosidose é uma doença extremamente grave pois vai deixando o bichano com problemas neurológicos que afetam bastante sua qualidade de vida. Por isso, a pergunta que não quer calar é: gangliosidose tem cura? Infelizmente, a resposta é não. Por ser um problema genético ainda não se tem uma cura específica para a condição. Muitos tutores se perguntam ainda se pelo menos a gangliosidose GM1 tem cura, já que esse tipo não evolui tão rapidamente quando o GM2. Porém, não existe cura para nenhum dos tipos da doença.  

gangliosidose: gato cinza em pé olhando para o lado

Para amenizar a gravidade do problema neurológico, gato deve passar por tratamento de suporte

Já sabemos que nem a gangliosidose GM2 nem a gangliosidose GM1 têm cura. Porém, é possível que o bichano acometido pela doença passe por um tratamento de suporte, que busca amenizar os sintomas que o animal apresenta. Assim, o bichano tem a sua qualidade de vida melhorada, já que os sintomas passam a ser menos graves. Não podemos dizer que a tetraparesia tem cura ou que o animal não terá mais desequilíbrios ou convulsões. O que acontece é que com o tratamento de suporte esses sintomas são menos impactantes para o animal e ele vive com mais facilidade. Porém, há sempre o risco de piora do quadro e o bichano precisa de um acompanhamento veterinário regular pelo resto da vida. 

A melhor forma de evitar casos de gangliosidose é impedindo que gatos portadores se reproduzam

Como a gangliosidose é uma doença hereditária, não tem como prevenir que ela se manifeste no seu animal de estimação. O que se pode evitar é que animais portadores da doença se reproduzam. Se o gato com gangliosidose procriar, a doença vai continuar existindo e passando para mais gerações. Portanto, a melhor maneira de prevenir a gangliosidose é impedindo que os bichanos portadores da doença (seja de forma sintomática ou assintomática) se reproduzam.

Redação: Maria Luísa Pimenta

Edição: Mariana Fernandes

 

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