Imagem de um cachorro marrom sendo lavado por uma pessoa. O cão está piscando e parece relaxado.
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Dúvidas Pet?

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Meu cachorro come as próprias fezes. É perigoso? O que devo fazer?

Foto da Camila Carneiro - Médica Veterinária

Camila Carneiro / Médica Veterinária

CRMV-SP: 32.939

Médica Veterinária formada pela Universidade de Guarulhos(UNG). 11 anos de experiência na área comercial veterinária, com foco em medicamentos e alimentação animal. Atualmente trabalha na Nestlé Purina como representante de Informação Veterinária(RIV)

Foto de Adriana Douglas - Redatora

Adriana Douglas / Redatora

Jornalista formada desde 2010 pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, sou especialista na cobertura de temas diversos, que vão de saúde a estilo de vida, passando pelo universo pet em muitas ocasiões. Os animais, inclusive, são uma das minhas grandes paixões na vida, sendo que um sonho meu é abrir um santuário de animais junto com meu irmão veterinário, onde eu possa cuidar e dar muito carinho a todo tipo de bicho.

Sou uma gateira assumida: meu primeiro gatinho, Nano, chegou em casa quando eu tinha uns 5 anos de idade. Ele foi um gato cheio de personalidade, todo branco, de olhos amarelos, que viveu quase 18 anos. Depois, vieram outros três: Neno (“sialata” muito amoroso e bonzinho), Nino (dengoso, mas meio nervosinho) e Nina (uma gata tricolor medrosa, que adora dormir dentro dos armários).

Em 2018, uma gatinha de rua resolveu “adotar” a família do meu marido e passou a morar com meus sogros. Chamada Tigrinha (por causa do seu pelo), ela é de longe a gata mais amorosa, mansa e dengosa que existe. Essa gatinha, que nasceu com o rabinho curto, teve duas ninhadas de gatinhos conosco. Dos 9 filhotes, acabei ficando com dois: Milk (um macho preto e branco rajado peludão) e Shake (uma fêmea tricolor com “luvinhas” brancas). São meus “Pururucos”, meus filhos mansinhos e dengosos.

Eu poderia passar horas falando sobre gatos e toda espécie de bicho (também já resgatei uma calopsita na rua, que virou pet do meu irmão). E é por isso mesmo que é uma grande satisfação ser colaboradora do Patas da Casa!

• Filme com animal preferido: “A Dama e o Vagabundo”
• Uma raça de cachorro: Labrador
• Uma raça de gato: Vira-lata
• A curiosidade favorita sobre cachorros: Os filhotes de cachorro normalmente choram porque sentem saudade da mãe e dos seus irmãos.
• A curiosidade favorita sobre gatos: Os gatos afofam as cobertas e os humanos por uma lembrança do que faziam quando filhotes durante a amamentação.
• Sobre o que mais gosta de escrever no universo pet: Raças de gatos e cachorros
• Um aprendizado: Os animais são excelentes companhias e parceiros fiéis para toda a vida!
• Nome de pet favorito: Meleca

Sim, o hábito de comer as próprias fezes (coprofagia canina) pode ser perigosa e bastante prejudicial para os cachorros. Isso porque o animal pode se contaminar com verminoses, ter distúrbios gastrointestinais (como vômito e diarréia) e contrair outras doenças causadas por bactérias e vírus. Além disso, o pet também pode apresentar mau hálito (halitose) com mais frequência.

A coprofagia não é um hábito saudável e desejável para os cães, e é preciso investigar o que está desencadeando essa ação. Em geral, ela pode ocorrer por diversas causas, que incluem ansiedade, estresse, tédio, problemas ligados à alimentação e digestão (onde o animal acaba tentando “reaproveitar” algo nas fezes), ambiente sujo (o animal passa a ingerir as fezes numa tentativa de melhorar seu habitat), predisposição genética (o distúrbio é mais comum em algumas raças de cachorro) e até mesmo como uma forma de chamar a atenção do tutor.

Ao notar que seu cão está comendo as próprias fezes, é essencial procurar um médico veterinário, que poderá examinar adequadamente o animal, descartando problemas de saúde e avaliando se sua alimentação está correta. Junto com esse cuidado, o tutor deve manter o ambiente em que o animal vive sempre limpo e oferecer brinquedos e distrações para que o pet gaste energia e não sofra com tédio ou ansiedade.

É importante ainda não brigar com o animal quando ele comer as próprias fezes, pois alguns podem associar essa reação a uma forma de chamar atenção. Por outro lado, procure elogiar quando o animal agir corretamente. Seguindo todas essas estratégias, as chances de corrigir esse comportamento canino são maiores!