Em junho de 2020, o Banco Central do Brasil anunciou a circulação da nova cédula de R$ 200. A nota, que começou a circular em setembro, vem estampada com a imagem do lobo-guará, importante animal da fauna brasileira. Com o anúncio de criação da cédula, o assunto virou trend nas redes sociais muito rápido. Como os brasileiros adoram um bom meme, logo começaram a surgir alternativas para estampar a cédula. Foi assim que, como o meme da cantora Pabllo Vittar na nota de R$ 50, a opção do vira-lata caramelo para ilustrar a nova nota invadiu as redes.
Pipi é o nome da cachorrinha caramelo que já faz parte do cotidiano brasileiro há um tempo e virou praticamente uma celebridade na internet. Mas você sabe como ela virou meme e qual a história por trás da imagem? O Patas da Casa foi atrás da história e entrevistou a Vanessa Brunetta, tutora da Pipi, a vira-lata caramelo que estampa uma das montagens mais famosas com a cédula de R$ 200. Venha conferir!
Cachorro caramelo: a imagem da Pipi mobilizou as redes sociais
O que inicialmente era só um meme se tornou uma grande mobilização nas redes sociais. Chegaram até a criar um abaixo-assinado para que o vira-lata caramelo estampasse a nota de R$ 200 - afinal, o pet representa bastante o Brasil. A petição chegou a receber mais de 140 mil assinaturas. A ideia era que a imagem do cachorro caramelo na nova cédula estimulasse a adoção de animais abandonados e em condição de vulnerabilidade.
“A inclusão do vira-lata caramelo na cédula é incentivo não só para a adoção, mas também para o controle da espécie. Pode representar uma nova fase para o bem-estar animal, visto que as notícias mais recentes são relacionadas aos sofrimentos deles.” diz a descrição da petição. O cachorro vira-lata caramelo faz parte da classificação Sem Raça Definida (SRD), que apesar de ser maioria nos lares brasileiros, ainda sofre muito com o abandono e maus-tratos.





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Afinal, quem é o vira-lata caramelo do meme?
Pipi era a cadelinha da gestora de recursos humanos Vanessa Brunetta, de 38 anos. Depois da adoção, ela virou o xodó da família: “em Março de 2013, nossa família decidiu adotar um cachorro pela primeira vez, fomos em um local perto de nossa casa e escolhemos ela, que chegou na nossa casa quase 1 mês depois”.
A vira-lata caramelo era a alegria da família. A cachorrinha era muito travessa e amava uma boa bagunça, mas isso não era empecilho para ser muito mimada. “A Pipi era literalmente um demônio da Tasmânia. Comia e destruía tudo que estivesse em nossa casa: sapatos, colchões, panelas. Ela sempre foi super amada, dormia na cama junto com meus filhos e não gostava de pessoas estranhas. Ela odiava carros, e por este motiva nunca saia do prédio, só passeava dentro do pátio”, conta Vanessa.
Como a foto da Pipi virou meme nas redes sociais?
Infelizmente, a história da Pipi não condiz muito com a alegria e risadas que a imagem dela provoca nas redes sociais. Em novembro de 2015, durante um passeio em um parque de Porto Alegre, a cadela conseguiu se soltar da guia e fugiu. Por cerca de um ano, a foto da vira-lata caramelo fez parte de uma campanha nas redes sociais e cartazes espalhados pela cidade na tentativa de localizá-la. Aquele era o primeiro passeio da Pipi no local. A cachorra se assustou com outro animal e correu em direção a uma avenida muito movimentada da cidade. A mobilização para encontrar Pipi foi grande e teve mutirões de busca na comunidade, porém até hoje a cadelinha não foi encontrada.
Apesar da cadelinha ser uma legítima vira-lata caramelo, possuía características específicas que só a família conseguiria reconhecer. Vanessa relata que recebeu muitas ligações de pessoas que encontraram cachorros caramelos muito parecidos com a Pipi, mas a esperança de encontrá-la se transformava em frustração ao chegar no local e perceber que não se tratava da cadelinha da família.
Vira-lata caramelo: imagem da Pipi se tornou um símbolo de esperança para ajudar outros animais
Apesar da popularização da foto da Pipi ser sinônimo de diversão nas redes sociais, a imagem ainda causa muita dor à família. “A dor ainda me abala”, confessa Vanessa. Hoje a cadelinha estampa algumas campanhas que ajudam instituições que acolhem cãezinhos abandonados. Segundo a tutora, a imagem da nota de R$ 200 não foi o primeiro meme que utilizou a foto de Pipi. “A foto dela já roda a internet há uns 3 anos. Ver ela viralizar me dava um sentimento de muita tristeza, até que a ação de uma empresa me fez mudar de ideia. Hoje acreditamos que podemos usar a foto da Pipi para ajudar outros cães”, conta.
Redação: Hyago Bandeira
