Cuidar de um cachorro cego parece ser um grande desafio, mas não tem muito mistério. É importante seguir algumas orientações e adaptar o ambiente para deixá-lo mais confortável e seguro, mas não podemos esquecer que os doguinho continuam sendo os mesmos de sempre. Ou seja, ele ainda vai querer brincar, ter atenção e compartilhar bons momentos ao seu lado, então o tutor jamais deve excluir o cachorro cego de participar de brincadeiras e outras atividades que eram comuns na sua rotina. O que a família precisa fazer é entender as novas limitações do animal para não expô-lo a situações perigosas.

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A cegueira em cães muitas vezes se desenvolve quando o cachorro fica idoso ou tem um histórico de doença ocular. Mas não se preocupe: se você tem um cachorro ficando cego e não sabe como agir, nós te ajudamos com isso. Preparamos um guia com todos os cuidados para melhorar a qualidade de vida de um cão deficiente, além de dicas de como saber se o cachorro está ficando cego. Confira!

Como saber se o cachorro está cego?

Às vezes os cães já nascem cegos, mas na maioria dos casos a cegueira é adquirida ao longo da vida. Isso acontece principalmente com o cachorro idoso ou com animais que sofrem com alguma doença no olho, mas a deficiência também pode ser derivada de acidentes. Em todo caso, é fundamental saber identificar a condição para buscar ajuda adequada e cuidar das necessidades do seu amigo de quatro patas.

Mas você sabe como identificar um cachorro cego? Existem alguns sinais que indicam o problema que podem ser facilmente percebidos, ainda mais quando a cegueira se manifesta na vida adulta ou quando o cão é idoso. O comportamento do animal muda e ele se sente “perdido” diante da nova situação, então observe os seguintes sinais no seu cão se você suspeita que ele está ficando cego:

  • Anda esbarrando nos móveis ou objetos com certa frequência;
  • Parece estar confuso e com medo ao andar;
  • Erra movimentos que antes eram comuns (como pular e correr);
  • Evita sair e explorar ambientes desconhecidos;
  • Esfrega os olhos e pisca repetidamente;
  • Não responde à luz ou claridade;

Além dos sinais comportamentais, também existem outras formas de como saber se o cachorro está ficando cego. Caso seja derivado de alguma doença, por exemplo, é possível perceber algumas alterações no globo ocular do animal. Por isso, fique atento se o olho de cachorro apresentar alguma dessas características:

  • Olho opaco e sem brilho;
  • Pupilas dilatadas constantemente;
  • Coloração do olho esbranquiçada ou azulada;
  • Secreção ocular frequente;

Como saber se um filhote de cachorro é cego?

Ainda que não seja uma situação muito comum, condições genéticas podem fazer com que o cachorro seja cego desde o seu nascimento ou fique cego logo nos primeiros meses de vida, quando ainda é filhote. Isso pode ser decorrente de alguma doença hereditária ou má formação na estrutura ocular (córnea, nervo óptico, retina ou endotélio, por exemplo).

Mas como saber se um filhote de cachorro é cego? Os sinais, na verdade, não são muito diferentes de quando a cegueira é adquirida. Os cães sentem maior dificuldade de se situar em um ambiente sem esbarrar em móveis e outros objetos. Além disso, tendem a coçar bastante os olhos, que podem assumir uma coloração diferente do habitual. Se houver qualquer suspeita de um filhote de cachorro cego, uma avaliação médica é fundamental para confirmar o diagnóstico e orientar os tutores sobre o que fazer.

Uma diferença importante entre o cachorro cego desde a nascença e aquele que ficou cego com o passar dos anos é que os animais que nascem ou desenvolvem essa condição logo cedo conseguem desenvolver muito melhor os outros sentidos. Ou seja, a audição canina, bem como olfato, tato e paladar ficam muito mais aguçados para “equilibrar” a vida do bichinho.

 

cachorro cego correndo

Cachorro ficando cego: saiba quais doenças podem levar à cegueira

 

As doenças no olho do cachorro são um perigo porque, além de afetar significativamente a visão dos pets, alguns quadros são progressivos e acabam deixando o cachorro cego a longo prazo. A melhor forma de evitar - ou pelo menos retardar - que isso aconteça é procurando a ajuda de um médico veterinário especializado em oftalmologia. Somente um profissional da área será capaz de realizar o diagnóstico e indicar o tratamento adequado para a doença.

Dentre as maiores preocupações e condições que podem ocasionar em um cachorro cego, podemos destacar:

Vale lembrar que o cachorro ficando cego pode ter diferentes graus de gravidade. Ele não vai parar de enxergar tudo de imediato, mas costuma perder a visão aos poucos conforme o quadro evolui (exceto em casos de traumas, onde o cachorro pode ficar completamente cego se o acidente tiver sido muito grave). Por isso, a recomendação é se atentar a qualquer mudança no comportamento do cachorro para dar início ao tratamento antes que a situação piore. 

Cachorro cego pode voltar a enxergar?

A cegueira em cães pode ser reversível ou permanente. O que vai definir isso é a causa do problema, já que normalmente o cachorro cego deriva de alguma doença. Um exemplo de quadro reversível é quando o animal sofre com a catarata. Nesse caso, o tratamento mais indicado costuma ser a cirurgia, que normalmente tem um ótimo prognóstico e faz o cão enxergar novamente. Por outro lado, doenças como o glaucoma em cachorro não tem cura, mas é possível retardar a cegueira com os cuidados indicados pelo médico veterinário.

Meu cachorro ficou cego de repente, o que pode ser?

Enquanto alguns tutores se deparam com o cachorro ficando cego aos poucos, outros são pegos de surpresa pelo imediatismo da situação. Quando isso acontece repentinamente é difícil conter a preocupação, mas ao mesmo tempo é importante não se desesperar. O primeiro passo, na verdade, é tentar acalmar o seu cãozinho, que provavelmente vai estar sem entender nada e um pouco desorientado. Em seguida, você deve levá-lo para uma consulta veterinária para descobrir a causa do problema.

Alguns quadros que deixam o cachorro cego de repente são a catarata (especialmente quando ela é causada por diabetes), descolamento da retina e intoxicação por medicamento (geralmente causado pelo uso indevido de ivermectina). São situações reversíveis, desde que haja orientação médica. Já se o cachorro ficou cego “do nada”, mas a causa foi um acidente, por exemplo, isso deve ser avaliado com um veterinário de confiança para entender a gravidade da cegueira.

Meu cachorro ficou cego, e agora? Saiba o que fazer de imediato

Mesmo que a ideia seja tentar ajudar o seu amigo de quatro patas, não tente encontrar soluções “rápidas” ou “caseiras” na internet. Qualquer tipo de automedicação pode acabar prejudicando ainda mais a situação, ainda que a intenção seja boa. O mais recomendado a se fazer é sempre procurar ajuda de um profissional qualificado para entender a origem do problema, ter o diagnóstico certo e começar a tratar o quanto antes. Por isso, ao suspeitar de qualquer problema na vista do seu pet, não deixe de marcar um oftalmologista para ele!

 

Como cuidar de um cachorro cego: 5 atitudes indispensáveis na adaptação do ambiente

 

1) Móveis e acessórios

Quando se trata de um cachorro ficando cego gradualmente, a recomendação é não mudar os móveis de lugar. Apesar da ideia de que isso pode facilitar a vida do pet, na verdade vai acabar deixando tudo mais confuso. O animal que já está acostumado com uma certa disposição dos móveis vai se guiar pela memória, então mudar tudo de lugar é péssimo para ele, que vai se sentir perdido. O mesmo vale para os acessórios do cachorro: deixe tudo do jeito que estava antes, evitando grandes mudanças.

2) Passagem

Evite deixar muitos objetos ou móveis que possam dificultar a passagem do cachorro cego. Quanto mais livre o espaço estiver, melhor para ele se locomover sem o risco de esbarrar em alguma coisa. Esse é um cuidado ainda mais importante para quem tem crianças em casa, já que muitas vezes os pequenos acabam deixando brinquedos e outros acessórios espalhados pelo chão da casa. 

3) Objetos pontiagudos

Quinas de móveis e objetos pontudos representam um grande perigo para cães que são deficientes visuais. Eles podem colidir por acidente e machucar o animal. Por isso, uma adaptação necessária é retirar objetos pontiagudos de locais próximos ao pet e cobrir as quinas dos móveis com protetores de espuma.

4) Escadas

Para quem mora em uma casa ou apartamento com mais de um andar, é fundamental colocar grades, portões ou algum tipo de barreira nas extremidades da escada. Afinal, o cachorro cego não vai ver os degraus - especialmente quando estiver no segundo andar - e pode acabar sofrendo uma queda. Para evitar que isso aconteça, o portão para cachorro é uma medida de proteção muito útil.

5) Tapetes

Se tiver tapetes em casa, garanta que eles são antiderrapantes. Caso contrário, o cão pode acabar tropeçando e escorregando enquanto anda pela casa, e isso vai deixá-lo inseguro na hora de transitar e se locomover para outros lugares. Outra dica é aderir a meias antiderrapantes para o cachorro, ainda mais se o chão tiver um piso liso e escorregadio.

O cachorro cego também precisa de brincadeiras, lazer e carinho

O cachorro cego é um cão como outro qualquer que precisa de estímulos físicos e mentais constantes, além de muito amor e carinho. Por isso, os passeios com cachorro não devem ser deixados de lado, muito menos brincadeiras e outras atividades dentro de casa. Você pode investir em brinquedos interativos que estimulam outros sentidos do animal, por exemplo, como bolinhas recheadas com petiscos e quebra-cabeças. Assim o pet vai se guiar pelo cheiro do alimento e consegue brincar.

Já na hora de passear, a dica é investir em uma coleira para cachorro cego, acessório em forma de viseira que protege os olhos do cão com um aro para evitar batidas na cabeça. Alguns modelos contam, inclusive, com um equipamento tecnológico que alerta o cão com vibrações sempre que ele se aproxima de algum obstáculo. Também é recomendado comprar guias para cachorro mais curtas para não perder o controle do passeio e evitar acidentes.

Outras dicas para cuidar de um cachorro cego

O cachorro cego tem outros sentidos aflorados, por isso é importante evitar uma agitação excessiva dentro de casa ou o animal pode se sentir confuso e igualmente agitado. Além disso, como ele não enxerga, o tutor deve evitar abordar o cão por trás de repente. Qualquer aproximação repentina pode assustar e deixar o cachorro com medo, desorientado. Por isso, aposte em estímulos auditivos para avisar que você está chegando e deixar o pet preparado. Se tiver visitas em casa, avise as pessoas que o seu cachorro é cego para que elas tenham esse mesmo cuidado. 

Redação: Juliana Melo